Com características próprias do diretor Marco Bellocchio chega às locadoras esta semana 'Vincere', um longa que além de criticar a relação Igreja e Estado conta com a sedução do poder, o ímpeto para a guerra e outras virilidades.
O filme começa com o futuro líder fascista Mussolini (Filippo Timi) discursando em nome do regime socialista a um grupo de católicos de Trento. Mas, no decorrer do longa o ditador se apaixona por Ida Dalser (Giovanna Mezzogiorno), que mesmo às vésperas da Primeira Guerra Mundial se torna sua amante.
A trama se desenvolve a partir do romance dos dois já que depois de vender suas propriedades para ajudar financeiramente o futuro ditador, Ida se vê abandonada quando Mussolini chega ao poder e se casa com outra.
Sozinha e com o coração partido, Ida é mantida em instituições mentais da igreja, após tentar convencer a todos de que era esposa do ditador.
Mas a trama se torna ainda mais interessante quando o diretor Bellocchio faz com que os espectadores reflitam ao fazer críticas à promiscuidade entre os católicos e os políticos.
Confira a sinopse:
Há um segredo na vida de Benito Mussolini (Filippo Timi): uma mulher, Ida Dalser (Giovanna Mezzogiorno), e um filho, Benito Albino, que nasceu, foi reconhecido e, em seguida, renegado. É uma página obscura da história da Itália, ignorada na biografia oficial do Duce.
Quando Ida conhece Mussolini em Milão, ele é um fervoroso socialista que pretende orientar as massas contra a Igreja e a monarquia. Ela acredita nele e em suas ideias, e vende tudo o que tem para financiar Il Popolo d'Italia, um jornal que Mussolini funda para ser o núcleo do futuro Partido Fascista.
Quando a Primeira Guerra Mundial irrompe, ele se alista no Exército e desaparece. Ao reencontrá-lo algum tempo mais tarde casado com outra mulher, Ida exige seus direitos como verdadeira esposa e mãe de seu filho primogênito. Levada à força, fica trancada por mais de 11 anos em um asilo de loucos, onde é amarrada e torturada, e sem poder ver seu filho. Mas Ida não desistirá de lutar.