O curta-metragem "Pax", do curitibano Paulo Munhoz, recebeu novamente o prêmio de melhor animação brasileira pelo júri popular do Anima Mundi 2006 o 14.º Festival Internacional de Animação , dessa vez durante a etapa do evento realizada em São Paulo entre os dias 26 e 30 de julho.
Trata-se do festival de animação que atrai o maior público no mundo, com cerca de 100 mil espectadores na soma dos dois eventos. O filme já havia recebido a mesma premiação durante a etapa carioca do festival.
Utilizando bonecos animados por meio da técnica stop-motion, "Pax" conta a história de quatro religiosos um padre, um monge budista, um rabino e um xeque que discutem a violência mundial e tentam achar uma resposta para isso. Cheios de boa vontade e mais cheios ainda de suas certezas buscam uma solução.
"Sempre desejei muito esse prêmio, porque o festival é o melhor do país em qualidade técnica e estética, e o terceiro melhor do mundo, perdendo apenas para os festivais da França e do Canadá", garante Paulo Munhoz. "Ganhar o prêmio do júri popular nas duas edições do festival é uma grande realização para mim e para toda a equipe do filme". O diretor já participou de quatro edições do Anima Mundi.
O cineasta curitibano Paulo Munhoz iniciou sua carreira em 1985, quando passou a se dedicar à pesquisa e à produção em cinema de animação. Também atua no desenvolvimento de softwares multimídia voltados à educação e à cultura. Mestre em Tecnologia, é diretor da produtora Tecnokena, ao lado da designer e antropóloga Daniella Munhoz.
Seus últimos trabalhos em animação foram os curtas-metragens "Pax" (2005) eleito pelo júri popular como melhor animação brasileira no Festival Internacional Anima Mundi 2006 , o DVD "Mitorama" (2005) que reúne cinco curtas de animação com lendas brasileiras destinados a crianças e o premiado "O Poeta" (2001), que até hoje circula por diversos festivais e mostras.