Estreias

"Uma Noite no Museu" é previsível, mas engraçado

12 jan 2007 às 17:25

Nem sempre um filme precisa ser genial - ou mesmo original - para ser agradável. É o caso de ''Uma Noite no Museu'', em cartaz em todo o Brasil. Nem genialidade nem originalidade moram no roteiro do longa dirigido por Shawn Levy (da ''Pantera Cor de Rosa''), mas isso não significa exatamente que o filme seja ruim. Ao contrário. É provavelmente a melhor opção para crianças e adolescentes nesse final de férias, com boas tiradas e risadas proporcionadas pelo protagonista, Ben Stiller, já escolado em comédias. No filme, Stiller é Larry Daley, um visionário inventor que tem pouco trabalho e uma motivação: o filho de 10 anos.

É para não decepcionar o rebento e provar para a ex-mulher que ele pode manter uma casa - e talvez - um trabalho convencional, que ele aceita o único cargo disponível na agência de empregos: o de guarda noturno do imponente Museu de História Natural.


Apesar do local abrigar grandes personagens da história americana e mundial, é um concorrente limitado para os visitantes, que estão cada vez mais escassos.


Pode parecer um emprego fácil, até Daley passar a primeira noite no museu e perceber que as criaturas expostas, desde mamíferos africanos empalhados, até um esqueleto de Tiranossaurus Rex e uma estátua de cera de Teddy Roosevelt (Robin Willians) ganham vida.


Daley quer abandonar o novo emprego já no segundo dia, mas resolve ficar para não decepcionar o filho. Começa a encontrar várias soluções para manter ocupadas as criaturas. Nem sempre boas, diga-se. Dá um isqueiro aos homens pré-históricos que tentam fazer fogo com as pedras. É claro que em pouco tempo, eles incendeiam o local. Amarra um osso num carrinho de controle remoto para a dócil e imensa ossada de tiranossauro perseguir e por aí vai.


Mas o novo guarda noturno precisa ser criativo para driblar as situações, já que perdeu o guia de instruções deixados pelo três guardas que ele está substituindo.


A participação de Owen Wilson, parceiro de Ben Stiler em outras produções, também surpreende, principalmente porque seu nome não aparece em nenhum material de divulgação. Os diálogos dele -uma miniatura- com o imperador romano Octavius e suas provocações ao guarda noturno rendem alguns dos melhores momentos do filme.


No meio de efeitos fantásticos e situações constrangedoras, a relação entre pai e filho aparece como um pano de fundo realista e atual. Tudo previsível, mas que dá até um certo conforto ao espectador.


Às vezes é bom saber o que vai acontecer. No museu, por exemplo, trabalha Rebecca (Carla Gugino) uma guia dedicada e solitária que pesquisa os personagens da história. Para não decepcionar a garota e o filho, Daley divide o segredo das criaturas vivas com eles. Alguém imagina como a história termina?

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