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Super tédio

05 nov 2000 às 12:42

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‘‘Super Nova’’: filme que se passa no século 22 não convence como superprodução interestelar - Reprodução
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Apesar de certa revitalização financeira ano passado com a última aventura de James Bond, salvando o estúdio depois do fracasso de ‘À Primeira Vista’, a Metro volta a amargar a perda de um orçamento polpudo. São 60 milhões de dólares postos fora num desastre de proporções intergaláticas: ‘Super Nova’, em cartaz em Curitiba , está muito mais para ‘soap’ do que para ‘space opera’.
No século 22, uma nave de resgate médico vaga sem muitas explicações pela vastidão do cosmos. Nenhuma outra nave à vista. A bordo do gigantesco veículo, uma pequena tripulação composta por meia dúzia, entre capitão, médica, ajudante de médica, co-piloto em tratamento anti-drogas, engenheiro de computador e uma paramédica. E um computador obviamente carregado com alguns chips-vilões, ‘Sweetie’ (?), na voz sensual de Vanessa Williams. Entra em cena uma entidade vinda da Nona Dimensão, encrustrada numa concha tridimensional exaustivamente investigada por uma câmera-na-mão, deplorável reminiscência de ‘The Blair Witch Project’.
Ao contrário de ‘Space Cowboys’, não há, literalmente, qualquer momento de excitação ou de bom humor no filme. E o único ponto intrigante corre por conta dos bastidores das tumultuadas filmagens, com a demissão do diretor original (Geoffrey Whright) e a verdadeira identidade de quem assumiu, se Arthur Hill ou Francis Ford Coppola, chamado às pressas para tentar uma solução salvadora qualquer. Claro que não deu certo, e só não sabe quem acabou atrás do pseudônimo de Thomas Lee. O voyeurismo interestelar nunca foi tão tedioso. (C.E.L.J.)
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