Para todos os gostos
Por que fazer uma nova versão de um filme? A única razão seria se a primeira não obteve êxito em algum ponto. Assistindo O Diabo É Meu Sócio nos dias de hoje, a única falta que o filme tem é que está fora de moda se comparado ao nosso estilo de vida moderno.
Dudley Moore e Peter Cook formaram uma dupla muito engraçada nos anos 60 e sua versão original de Endiabrado faz com que a atual refilmagem pareça uma bobagem inútil.
Ambos os filmes são sobre um desajustado (Moore no original, Brendan Fraser no remake) que está solteiro e infeliz com a vida. Em seguida chega o Diabo (Cook no original, Elizabeth Hurley, de Austin Powers, no remake) para mudar completamente suas rotinas. Claro que Hurley está estonteante e mais agradável aos olhos masculinos do que Peter Cook, mas ela não tem a verdadeira disposição demoníaca exigida para segurar sua personagem e assustar tanto Fraser quanto o espectador.
Em Endiabrado, Elliot Richards (Brendan Fraser, de Deuses e Monstros e A Múmia) é o funcionário de uma companhia de computação, que poderia, sem problema algum, ser confundido com o capacho da porta de entrada. Allison Gardner (Frances O’Connor), sua colega de trabalho, que em quatro anos nunca notou sua presença na empresa, é seu objeto do desejo. Perdidamente apaixonado pela bela moça, ele faria qualquer coisa só para tê-la em seus braços.
Qualquer coisa? É aí que entra em cena o Diabo encarnado em Elizabeth Hurley para oferecer-lhe a mais velha barganha já escrita: a faustiana venda da alma ao demo em troca da realização de um desejo. Só que esta diabinha bondosa concede a Elliot não só um, mas sete desejos e um pager de brinde. O problema é que de perfeito o Diabo não tem nada e os desejos do rapaz acabam não tendo o resultado esperado.
Os elementos que deveriam ter sido trabalhados na atualização deste filme são os sete desejos em si. Os esforços do personagem de Fraser deveriam ser focados em corrigir os erros de seus desejos anteriores. Ao contrário, ele continua fazendo desejos imbecis que acabam tornando-se um desperdício total. Um personagem como Elliot Richards com certeza teria colocado mais raciocínio em cada desejo. A diversão seria ver Hurley achar um buraco na descrição do desejo só para endiabrar Elliot.
Desinteressante e sem originalidade, o filme falha em quase tudo: deveria fazer o espectador pensar no que faria se pudesse realizar sete desejos. Mas não faz. Deveria fazer o espectador rir. Mas, de novo, não faz. Pelo menos não o suficiente. Mais um desperdício de dinheiro de um estúdio de cinema.
Endiabrado, no entanto, não é tão deprimente assim. Apesar do roteiro não atingir seus objetivos cômicos, dá para arrancar algumas risadas, mas nada que deixe o espectador com cãibras na barriga. E até seria um filme recomendável, se não existisse a versão original. O que mais desaponta é o diretor Harold Ramis (Feitiço do Tempo e Máfia no Divã). Em suas mãos, era de se imaginar que este filme poderia superar o primeiro, mas nada saiu como os esperado. Deve ter sido obra do diabo...
Dudley Moore e Peter Cook formaram uma dupla muito engraçada nos anos 60 e sua versão original de Endiabrado faz com que a atual refilmagem pareça uma bobagem inútil.
Ambos os filmes são sobre um desajustado (Moore no original, Brendan Fraser no remake) que está solteiro e infeliz com a vida. Em seguida chega o Diabo (Cook no original, Elizabeth Hurley, de Austin Powers, no remake) para mudar completamente suas rotinas. Claro que Hurley está estonteante e mais agradável aos olhos masculinos do que Peter Cook, mas ela não tem a verdadeira disposição demoníaca exigida para segurar sua personagem e assustar tanto Fraser quanto o espectador.
Em Endiabrado, Elliot Richards (Brendan Fraser, de Deuses e Monstros e A Múmia) é o funcionário de uma companhia de computação, que poderia, sem problema algum, ser confundido com o capacho da porta de entrada. Allison Gardner (Frances O’Connor), sua colega de trabalho, que em quatro anos nunca notou sua presença na empresa, é seu objeto do desejo. Perdidamente apaixonado pela bela moça, ele faria qualquer coisa só para tê-la em seus braços.
Qualquer coisa? É aí que entra em cena o Diabo encarnado em Elizabeth Hurley para oferecer-lhe a mais velha barganha já escrita: a faustiana venda da alma ao demo em troca da realização de um desejo. Só que esta diabinha bondosa concede a Elliot não só um, mas sete desejos e um pager de brinde. O problema é que de perfeito o Diabo não tem nada e os desejos do rapaz acabam não tendo o resultado esperado.
Os elementos que deveriam ter sido trabalhados na atualização deste filme são os sete desejos em si. Os esforços do personagem de Fraser deveriam ser focados em corrigir os erros de seus desejos anteriores. Ao contrário, ele continua fazendo desejos imbecis que acabam tornando-se um desperdício total. Um personagem como Elliot Richards com certeza teria colocado mais raciocínio em cada desejo. A diversão seria ver Hurley achar um buraco na descrição do desejo só para endiabrar Elliot.
Desinteressante e sem originalidade, o filme falha em quase tudo: deveria fazer o espectador pensar no que faria se pudesse realizar sete desejos. Mas não faz. Deveria fazer o espectador rir. Mas, de novo, não faz. Pelo menos não o suficiente. Mais um desperdício de dinheiro de um estúdio de cinema.
Endiabrado, no entanto, não é tão deprimente assim. Apesar do roteiro não atingir seus objetivos cômicos, dá para arrancar algumas risadas, mas nada que deixe o espectador com cãibras na barriga. E até seria um filme recomendável, se não existisse a versão original. O que mais desaponta é o diretor Harold Ramis (Feitiço do Tempo e Máfia no Divã). Em suas mãos, era de se imaginar que este filme poderia superar o primeiro, mas nada saiu como os esperado. Deve ter sido obra do diabo...