Para todos os gostos
Dois experientes atores, uma história brilhante e envolvente e uma direção mais do que acertada. A mistura não poderia ter dado mais certo. Regras do Jogo (Rules of Engagement) pode ser considerado um dos melhores filmes já exibidos no Brasil este ano.
Os fuzileiros norte-americanos Terry Childers (Samuel L. Jackson, de O Negociador e Jackie Brown) e Hays Hodges (Tommy Lee Jones, de Volcano e Risco Duplo) estão na guerra do Vietnã. Hodges é ferido em combate e salvo graças à bravura e competência de seu amigo. Quase trinta anos depois, quem está encrencado é Childers. Tentando defender sua tropa e a embaixada norte-americana durante protestos da população no Iêmen, ele acaba ordenando que seus soldados abram fogo contra os manifestantes. Mais de 80 pessoas são mortas. O governo americano culpa Childers. Para enfrentar o tribunal, ele pede à Hodges que seja seu advogado. Provas de sua inocência são ocultadas e todas as evidências estão contra ele. Childers conta apenas com a amizade e a experiência do amigo em combate.
A dificuldade em fazer filmes de guerra que saíssem da mesmice sempre acabou empurrando as produções para o caminho do sangue e da ação desmedida. Sem uma grande história, superproduções como O Resgate do Soldado Ryan e Além da Linha Vermelha, lançados nos últimos dois anos, recorriam a efeitos especiais e conflitos interiores dos soldados. A qualidade técnica de ambos é indiscutível. Mas o apelo ao horror da guerra faz com que as produções do gênero acabem caindo no comum. Regras do Jogo é diferente. Prova que uma história interessante ainda é a base para um bom filme. A responsabilidade é dos roteiristas James Webb e Stephen Gaghan. Em Regras do Jogo estão na berlinda a ética militar, a amizade, o terrorismo e a corrupção. Nada mal! Mesclando tribunal e guerra, o diretor William Friedkin conseguiu ritmo e evolução constantes que prendem a atenção do espectador o tempo todo.
A relação dos dois fuzileiros não cai na pieguice, quase inevitável quando o assunto é amizade. As cenas protagonizadas por Samuel L. Jackson e Tommy Lee Jones mostram com que naturalidade é possível dramatizar. Os atores estão perfeitos nos papéis e provam que filmes de qualidade são constituídas também de boas interpretações.
Num ano cheio de porcarias cinematográficas, o cinema americano conseguiu se redimir e colocar à disposição de cinéfilos e espectadores em geral uma boa produção. Regras do Jogo é capaz de agradar até quem não é fã do gênero. Uma verdadeira proeza.
Os fuzileiros norte-americanos Terry Childers (Samuel L. Jackson, de O Negociador e Jackie Brown) e Hays Hodges (Tommy Lee Jones, de Volcano e Risco Duplo) estão na guerra do Vietnã. Hodges é ferido em combate e salvo graças à bravura e competência de seu amigo. Quase trinta anos depois, quem está encrencado é Childers. Tentando defender sua tropa e a embaixada norte-americana durante protestos da população no Iêmen, ele acaba ordenando que seus soldados abram fogo contra os manifestantes. Mais de 80 pessoas são mortas. O governo americano culpa Childers. Para enfrentar o tribunal, ele pede à Hodges que seja seu advogado. Provas de sua inocência são ocultadas e todas as evidências estão contra ele. Childers conta apenas com a amizade e a experiência do amigo em combate.
A dificuldade em fazer filmes de guerra que saíssem da mesmice sempre acabou empurrando as produções para o caminho do sangue e da ação desmedida. Sem uma grande história, superproduções como O Resgate do Soldado Ryan e Além da Linha Vermelha, lançados nos últimos dois anos, recorriam a efeitos especiais e conflitos interiores dos soldados. A qualidade técnica de ambos é indiscutível. Mas o apelo ao horror da guerra faz com que as produções do gênero acabem caindo no comum. Regras do Jogo é diferente. Prova que uma história interessante ainda é a base para um bom filme. A responsabilidade é dos roteiristas James Webb e Stephen Gaghan. Em Regras do Jogo estão na berlinda a ética militar, a amizade, o terrorismo e a corrupção. Nada mal! Mesclando tribunal e guerra, o diretor William Friedkin conseguiu ritmo e evolução constantes que prendem a atenção do espectador o tempo todo.
A relação dos dois fuzileiros não cai na pieguice, quase inevitável quando o assunto é amizade. As cenas protagonizadas por Samuel L. Jackson e Tommy Lee Jones mostram com que naturalidade é possível dramatizar. Os atores estão perfeitos nos papéis e provam que filmes de qualidade são constituídas também de boas interpretações.
Num ano cheio de porcarias cinematográficas, o cinema americano conseguiu se redimir e colocar à disposição de cinéfilos e espectadores em geral uma boa produção. Regras do Jogo é capaz de agradar até quem não é fã do gênero. Uma verdadeira proeza.