Tem sido assim nos últimos três anos. Mais ou menos nesta época, distribuidores e exibidores de todo o mundo - sim, porque o lançamento é mundial, com diferença de algumas horas entre um país e outro - se dão as mãos não para uma inocente cantiga de roda, mas para abrir espaço à celebração do medo e da violência, explorados em sua forma mais explícita.
É a temporada de ''Jogos Mortais'', este ano em sua quarta incursão. E é tempo de se tentar impor de novo um hábito cultural - o Halloween - que nada tem a ver além da fronteira dos EUA.
Esta sequela chega exatamente quando todos acreditavam que tudo tinha terminado com a morte de Jigsaw e sua aprendiz Amanda. Agora, as mentes criminosas criadoras desta interminável saga dão outra reviravolta na mesma história de sempre: jogos macabros e sangue aos borbotões.
Desta vez, dois agentes do FBI e um policial veterano se vêem obrigados a resolver o complexo quebra-cabeças montado por Jigsaw, enquanto um quarto policial é sequestrado e submetido a um dos aterrorizantes enigmas executados pelo psicopata. Mas de onde? De além-túmulo?
O pessoal de retaguarda envolvido é o mesmo desde o segundo filme. O que tem com certeza variado é o elenco, já que é quase sempre inteiramente dizimado durante as sessões de extremado sadismo.
Assim, quem nunca viu o filme não espere ser atraído por causa de nomes conhecidos. Quem quer que seja escalado está lá apenas para simular dor, muita dor. Que deverá ser incrementada em 2008 com a quinta entrega desta saga doentia.