Quando eu era pequeno, minha mãe costumava dizer que no mar tudo é vivo, sempre que me flagrava assistindo algum documentário sobre vida marinha na TV Cultura ou no Globo Repórter (pois naquela época ainda não existia Discovery Channel). Ao mesmo tempo que isto parece fascinante, pode ser também bastante preocupante. Afinal, como é possível saber se há algum perigo ao redor?
Marlin, o peixe-palhaço que protagoniza 'Procurando Nemo' pensa assim o tempo todo. Zeloso e preocupado com seu único filhote Nemo, ele vive lhe alertando que uma palavra que define o mar é "insegurança". Por essa razão, ele está sempre próximo ao filho, e até tem medo de que ele vá à escola. E não é que logo no primeiro dia de aula, Nemo desobedece seu pai e nada em alto-mar, só para aceitar um desafio de seus colegas?
Marlin, que o estava seguindo, grita ao vê-lo nadando em território perigoso e dá uma bronca no filho diante dos colegas. Emburrado com o pai, Nemo nada até chegar próximo de um barco, até que é surpreendido por um mergulhador, que o captura. A partir daí começa a saga de Marlin, que nada pelos sete mares, em busca de seu filho, que foi parar no aquário de um consutório dentário em Sydney, na Austrália - e o pior é que Nemo vai ser dado de presente a uma menina mimada que tem fama de assassina de peixes.
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No longa caminho que Marlin terá que seguir, ele deixa de ser um grande bunda mole, tornando-se então um pai destemido (ou nem tanto assim) em busca de seu filho. Para ajudá-lo na jornada, ele conta com a ajuda de Dory, um peixe (ou peixa?) em que esbarra durante a procura. Ela sofre de perda de memória recente, tal qual o personagem principal do filme "Amnésia".
A dupla se depara com milhares de criaturas marinhas até chegar em Sydney. De todas elas, com certeza uma das mais notáveis é o tubarão Bruce, que faz parte de um grupo de auto-ajuda formado por outros tubarões que querem mudar sua imagem de assassinos de peixes, querendo ser amigos - no entanto, eles têm algumas "recaídas". Também merecem destaque o grupo de tartarugas "lesadas" que ajudam Marlin e Dory a encontrar o caminho certo.
Um filme fascinante e muito bonito (tanto na plástica da computação gráfica quanto em suas mensagens), que vai encher os olhos não só das crianças como também dos adultos.