Oscar na prateleira, Julia Roberts volta ao seu gênero favorito, a comédia romântica, rodeada de uma penca de atores conhecidos. Em "Os Queridinhos da América", ela divide as atenções com Catherine Zetta-Jones, Billy Cristal e John Cusack, numa comedinha do tipo que ela adora fazer: engraçadinha, simpatiquinha, bacaninha e super descartável.
Em "Queridinhos...", acreditem, Julia faz o papel de um patinho feio. Ela é Kiki, irmã e assessora de uma grande estrela do cinema, Gwen (Zeta-Jones, ou srª. Michael Douglas), que passa por uma crise profissional depois de trocar o maridão Eddie (Cusack, o melhor do filme) por um garanhão espanhol. A opinião pública não gostou da separação do casal 20 e agora será um problema lançar um filme rodado pelos dois antes de se separarem. Por isso, um relações públicas (Crystal) é escalado para não deixar o lançamento virar uma guerra conjugal. E Kiki faz de tudo para que a irmã não se prejudique com as loucuras do ex-marido, ainda machucado pela separação.
Billy Crystal, criador do argumento e co-autor do roteiro, se inspirou no ex-marido de Elizaberh Taylor, o cantor Eddie Fischer, para criar o personagem de John Cusack no filme. Mais ou menos como a personagem de Catherine Zeta-Jones, Liz trocou o maridão por outro durante as filmagens de Cleópatra. E, da mesma maneira, a opinião pública chocou-se com a separação. John Cusack faz o perfeito cara atordoado pela separação, meio neurótico e explodindo de raiva de seu rival, um espanhol de sotaque carregadíssimo.
Uma curiosidade: o filme recebeu um prêmio especial da revista americana Entertainment Weekly, que elegeu o melhor e o pior do verão americano de 2001. Foi considerado o filme mais "culturalmente ofensivo" (ah, vá lá, preconceituoso mesmo) do ano. Isso por causa de alguns personagens não americanos, muito estereotipados no filme: um espanhol bronco e machão, um indiano charlatão e místico, um francês burro e pedante. É lógico que a revista abusa um pouco do espírito politicamente correto, embora o puxão de orelha até tenha razão de ser. Mas perto das apelações de outras comédias lançadas nos últimos anos, "Queridinhos..." até que é bem comportada.
Entre as coisas divertidas mostradas no filme, estão as entrevistas-relâmpagos que os atores e atrizes têm que conceder à imprensa durante a promoção de um filme. Com duração de cinco minutos cada, na maioria das vezes se resumem a um punhado de declarações sem a menor naturalidade, ou a frases de efeito sem cabimento nenhum. A gente nunca imagina a maratona repetitiva e chata que os artistas têm que suportar. É lógico que em "Queridinhos..." o troço todo é muito exagerado, com o personagem de Cusack tendo ataques de nervos em plena entrevista. Aliás, a sátira à indústria do cinema é meio carregada e usada apenas como pretexto para as situações cômicas do filme. Nada para se levar muito a sério.
E entre as coisas chatas, estão aquelas encontradas em tudo quanto e que é comédia romântica por aí: a história até que é legalzinha e com momentos engraçados, mas no final quer se explicar demais e o desfecho acaba se prolongando além do que deveria. Mas uma coisa é certa: ao sorriso de Julia Roberts é difícil resistir. Ela está ótima como o patinho feio da história, charmosa como só a rainha das comédias românticas consegue ser. Mesmo numa comédia romântica tão comum e mediana como esta, vale a pena ver o carisma de Julia e o jeito atordoado de John Cusack, um dos atores mais talentosos que estão por aí.
Em "Queridinhos...", acreditem, Julia faz o papel de um patinho feio. Ela é Kiki, irmã e assessora de uma grande estrela do cinema, Gwen (Zeta-Jones, ou srª. Michael Douglas), que passa por uma crise profissional depois de trocar o maridão Eddie (Cusack, o melhor do filme) por um garanhão espanhol. A opinião pública não gostou da separação do casal 20 e agora será um problema lançar um filme rodado pelos dois antes de se separarem. Por isso, um relações públicas (Crystal) é escalado para não deixar o lançamento virar uma guerra conjugal. E Kiki faz de tudo para que a irmã não se prejudique com as loucuras do ex-marido, ainda machucado pela separação.
Billy Crystal, criador do argumento e co-autor do roteiro, se inspirou no ex-marido de Elizaberh Taylor, o cantor Eddie Fischer, para criar o personagem de John Cusack no filme. Mais ou menos como a personagem de Catherine Zeta-Jones, Liz trocou o maridão por outro durante as filmagens de Cleópatra. E, da mesma maneira, a opinião pública chocou-se com a separação. John Cusack faz o perfeito cara atordoado pela separação, meio neurótico e explodindo de raiva de seu rival, um espanhol de sotaque carregadíssimo.
Uma curiosidade: o filme recebeu um prêmio especial da revista americana Entertainment Weekly, que elegeu o melhor e o pior do verão americano de 2001. Foi considerado o filme mais "culturalmente ofensivo" (ah, vá lá, preconceituoso mesmo) do ano. Isso por causa de alguns personagens não americanos, muito estereotipados no filme: um espanhol bronco e machão, um indiano charlatão e místico, um francês burro e pedante. É lógico que a revista abusa um pouco do espírito politicamente correto, embora o puxão de orelha até tenha razão de ser. Mas perto das apelações de outras comédias lançadas nos últimos anos, "Queridinhos..." até que é bem comportada.
Entre as coisas divertidas mostradas no filme, estão as entrevistas-relâmpagos que os atores e atrizes têm que conceder à imprensa durante a promoção de um filme. Com duração de cinco minutos cada, na maioria das vezes se resumem a um punhado de declarações sem a menor naturalidade, ou a frases de efeito sem cabimento nenhum. A gente nunca imagina a maratona repetitiva e chata que os artistas têm que suportar. É lógico que em "Queridinhos..." o troço todo é muito exagerado, com o personagem de Cusack tendo ataques de nervos em plena entrevista. Aliás, a sátira à indústria do cinema é meio carregada e usada apenas como pretexto para as situações cômicas do filme. Nada para se levar muito a sério.
E entre as coisas chatas, estão aquelas encontradas em tudo quanto e que é comédia romântica por aí: a história até que é legalzinha e com momentos engraçados, mas no final quer se explicar demais e o desfecho acaba se prolongando além do que deveria. Mas uma coisa é certa: ao sorriso de Julia Roberts é difícil resistir. Ela está ótima como o patinho feio da história, charmosa como só a rainha das comédias românticas consegue ser. Mesmo numa comédia romântica tão comum e mediana como esta, vale a pena ver o carisma de Julia e o jeito atordoado de John Cusack, um dos atores mais talentosos que estão por aí.