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'O Virgem de 40 Anos' garante bom divertimento

Carlos Eduardo Lourenço Jorge - Folha de Londrina
25 set 2005 às 17:25

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Em ''O Virgem de 40 Anos'', Svete Carell interpreta um homem de meia-idade sexualmente invicto: comicidade suficiente para prender atenção do público - Divulgação
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Esse é um daqueles períodos intermediários do ano, um daqueles bolsões que o exibidor precisa preencher compulsoriamente enquanto não chegam os produtos mais ambiciosos o que também não é nenhuma garantia de qualidade desta fase final da complicada temporada 2005.

É hora de engolir compulsoriamente aquelas gorduras que incham os pacotes que Hollywood impõe mundo afora e se muito do que já se viu até agora neste ano foi material desinteressante, quando não inútil, esta ponta de estoque pré-Natal então nem se fala, costuma ser de amargar. No entanto, o argumento com um quarentão ainda sexualmente invicto em pleno século 21 acaba sendo até que bem assistível.

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O filme é ''O Virgem de 40 Anos''. O título já diz tudo. Nesta comédia franca e direta vamos encontrar Andy Stitzer (Svete Carell), homem de meia-idade para quem as alegrias do sexo permanecem um livro fechado.

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Um bom sujeito, Andy mora sozinho num agradável apartamento com sua coleção de brinquedos e HQs. Seus interesses permanecem firmemente adolescentes: videogames, o show televisivo ''Survivor'' e engenhocas eletrônicas. Aliás, bem a calhar, já que ele trabalha como técnico de loja especializada, para onde vai de bicicleta todos os dias.

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Obviamente o que falta na vida de Andy é o amor de uma mulher ou de várias, idéia posta em permanente quarentena depois de embaraçosas incursões ao mundo do sexo quando ainda mais jovem. Em outra palavras: ele nunca, mas nunca transou com quem quer que seja, nem por acidente.


As coisas são mais complicadas quando se sabe que seu ambiente de trabalho é um laboratório de luxúria. Seus três terríveis melhores amigos descobrem que ele jamais teve qualquer contato íntimo mediato ou imediato de qualquer grau.

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E o trio vai fazer o possível e o impossível para viabilizar a estréia de Andy nos domínios carnais. Encontros, clubes, tudo é tentado mas não é engrenado: ao primeiro sinal de intimidade física, o quarentão está de volta para o seu Quarteto Fantástico.


Baseado num humor rude e luxurioso, mas nunca grosseiro, ''O Virgem de 40 Anos'' é basicamente uma dessas comédias de amigos, as buddy comedies.

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Como boa surpresa, há uma veia sentimental amenizante ao longo do filme que faz com que o espectador ria da situação de Andy sem deixar de perceber que o personagem é de fato uma boa pessoa e que não se importa por nunca ter ido para a cama com alguém.


Embora não haja uma profusão de cenas extremamente hilariantes, o filme dirigido pelo estreante Judd Apatow oferece comicidade suficiente para manter o público sorrindo de uma situação que vai se tornando mais e mais embaraçosa.

O elenco de apoio, dando vida a personagens bem-intencionados que invariavelmente conduzem a algum tipo de desastre hilário, é ponto alto deste filme que revela para o cinema o ator Steve Carell de quem nasceu a idéia do virgem quarentão , até pelos sobrenomes parecidos alguém muito próximo da escola do comediante Will Ferrell.


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