Em meio a uma série de estratégicos boatos sobre se vai ou se fica, a apresentadora Xuxa Meneguel invade a partir de hoje uma boa faixa de praias da garotada, por enquanto gozando merecida e exclusivamente as deliciosas peripécias de ''Os Incríveis''.
O novo filme da moça, ''Xuxa e o Tesouro da Cidade Perdida'', é lançamento nacional com a mesma pretensão de outras vezes: contabilizar algo entre 2 e 3 milhões de espectadores, longe do recordista absoluto de 2004 ''Homem Aranha 2'', com mais de 7 milhões de pagantes , mas bem acima da grande maioria dos 44 títulos brasileiros lançados no decorrer desse ano.
E a história do ''futuro incerto na Rede Globo'' tem se mostrado marketing valioso. A coisa é antiga, e tem muito baixinho que ficou altinho ouvindo a mesma lenda, entra ano sai ano. O fato é que sempre as coisas acabam se ajeitando; muda o formato aqui, troca o horário ali, negocia o salário mais adiante e a ex-musa de Walter Hugo Khouri no carnal e hoje mítico ''Amor Estranho Amor'' vai ficando, vai ficando...
Não há muito o que anunciar como novidade neste novo (?) filme de Xuxa, dirigido por Moacyr Góes. Quem entrar no site da ''rainha dos baixinhos'' vai ouvir, na voz da própria, a sofrível música-tema dessa história nada muito original escrita por Marcio Souza.
Mais para Indiana Jones, Xuxa aparece no papel de Bárbara, bióloga moradora de uma cidade fictícia no Amazonas. Ela lidera uma turma de heróis que vai em missão salvadora para a lendária cidade subterrânea de Igdrasil, habitada por descendentes de vikings.
Lá, um inusitado encontro com o Curupira, um personagem de ''Sonhos de Uma Noite de Verão'', de Shakespeare, e a heroína reencarnada numa deusa viking quase transformam ''Xuxa e o Tesouro da Cidade Perdida'' num samba do crioulo doido.
No elenco desta aventura mirabolante estão ainda Marcos Pasquim, Bruna Marquezine, Peter Brandão, Paulo Vilhena.