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Mila Jovovich volta a combater hordas de zumbis em 'Residente Evil: Extinção'

Carlos Eduardo Lourenço Jorge - Folha de Londrina
09 out 2007 às 09:49

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Na gênese desta franquia cinematográfica financeiramente bem-sucedida, graficamente muito violenta e naturalmente limitadíssima do ponto de vista artístico, está a popular série de videogames criados no Japão em 1996 pela CapCom para o PlayStation.

Na frente da telinha os jogadores têm que manejar armamento pesado contra contagiosos zumbis canibais e outras mutações monstruosas criados por uma corporação high-tech (Umbrella Corporation), multinacional ''do mal'' (vale a redundância ?) que infectou humanos e animais com uma variedade de vírus geneticamente modificado.

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A maior preocupação dos gestores destes filmes sempre foi buscar aceitação do público que não fosse tóxico-dependente, ou usuário dos games na telinha. De fato: você não precisa ser vídeo-adito para compreender ''Resident Evil: Extinção'', mas com certeza ter assistido aos dois primeiros filmes (RE: O Hóspede Maldito e RE: Apocalipse) ajuda bastante o não iniciado.

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Este ''Extinção'' que invade parte considerável das salas brasileiras, entre todos, é o que oferece argumento menos previsível, mas você pode seguramente esperar uma elevada quota de cinema empapado em sangrentas e frequentemente nauseantes porções.

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A trama se localiza numa terra devastada pela epidemia de zumbis, que vagam sem rumo enquanto a tal Umbrella busca uma cura para o mal que ela mesma disseminou há cinco anos - embora de fato não pareça que cientistas e executivos da corporação se importem muito com a humanidade, já que bilhões morreram ou são mutações genéticas.


Como nas duas produções prévias, a heroína Alice (Mila Jovovich) é uma ex-agente de segurança da Umbrella. Também ela sofreu alterações genéticas, e agora é uma super-poderosa dotada de força física e mental capaz de manejar campos magnéticos. Ou algo do gênero telequinético. A moça é também uma performática letal no quesito artes marciais do tipo acrobático. Além, claro, de contar com arsenal de fogo pesado.

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Aqui ela vaga pela vastidão desértica dos Estados Unidos de uma maneira muito semelhante àquela de outra série, muito melhor, que colocou o Mad Max/Mel Gibson como sobrevivente numa terra arrasada pós-hecatombe nuclear.


Depois de evitar seus amigos por longo tempo, Alice agora se reúne com aliados sobreviventes num comboio de refugiados não infectados que buscam uma saída segura para o Alaska, espécie de ultimo santuário. Mas o malévolo Dr. Isaacs (Iain Glen) prepara uma armadilha perto de Las Vegas utilizando uma variação muito especial de zumbis especialmente treinados.


Top model, cantora e atriz, a bela ucraniana Mila Natasha Jovovich novamente desfila muito mais corpo que personalidade, mas é somente isto que o papel de Alice requer, ação física com a profundidade psicológica de um pires.

Ela não tem qualquer culpa, por exemplo, da falta de originalidade do filme, que suga boa parte de seu discreto alento de ''Dia dos Mortos-Vivos'' , que George A. Romero, o mais requintado chef da gastronomia zumbi, realizou em 1985. E nem da falta de engenho - o velho conceito do nomadismo no deserto, explorado à exaustão pelo ''cinema de sobrevivência''. Mas afinal o diretor Russel Malcahy, do primeiro e melhor ''Highlander'', consegue que ''Extinção'' seja superior aos dois filmes anteriores, dando aos personagens motivos e consequências um pouco mais lógicas. O final ambíguo promete nova invasão de zumbis.


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