O francês ''Meu Melhor Amigo'' (94 min.), em cartaz nos cinemas de Curitiba, chega em boa hora para quem já está em clima de férias: produção simples, até comovente, sobre um homem que se descobre sem amigos, e passa a se incomodar com o fato. François, interpretado pelo ator Daniel Auteuil (o mesmo do mediano ''Caché''), é um comerciante de antiguidades envolvido completamente no trabalho, a ponto de nem se dar conta (ao menos conscientemente) de que não há amigos por perto, apenas colegas do ambiente de trabalho.
A suspeita levantada por alguns é simples: François não está nem aí para ninguém. E a indiferença é geral, não puxa assunto com ''estranhos'', mas também não quer saber sobre como anda a vida da pessoa com quem trabalha no dia-a-dia. Uma aposta, entretanto, faz com que François se obrigue a encontrar ''um melhor amigo'' dentro de dez dias. É aí que entra um taxista simpático, Bruno (Dany Boon), que se dispõe a ajudar François na missão.
Entre uma lição e outra, sobre como fazer amigos, um excesso de cenas improváveis, perdoadas apenas porque a intenção é só fazer graça mesmo, sem preocupações com a vida real. Mas, no fim das contas, óbvio, François percebe (não sem alguns tropeços) que Bruno se tornou de fato um amigo.
Em síntese, fora alguma lição sobre o significado da amizade, principalmente em função da atuação emocionada de Dany Boon, não há nada de especial no filme. A simplicidade da história, entretanto, também garante não desagradar quem procura distração nas telonas.