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Leia aqui a crítica sobre o filme X-Men 3

Claudio Yuge
24 mai 2006 às 19:21

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Wolverine está mais agressivo e se parece mais ainda com sua contraparte de papel
- Divulgação
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Curitiba - Acabou de vez o tempo em que as continuações de grandes blockbusters de sucesso do verão norte-americano significavam fracasso. Depois de Senhor dos Anéis, Homem-Aranha e até mesmo X-Men, isso ficou provado que faz parte do passado. E X-Men: O Confronto Final, faz parte dessa tendência. O longa de Brett Ratner corresponde às expectativas e desde já deixa o gostinho de ''quero mais'', após o término do arco cinematográfico iniciado por Bryan Singer, em 2000.

Em primeiro lugar, sobre a troca de diretores: Singer, depois de dois filmes frente aos Filhos do Átomo no cinema, em 2000 e 2003, largou o time para assumir Superman Returns. Brett Ratner, bem-sucedido em A Hora do Rush 1 e 2 e também em O Dragão Vermelho, foi então chamado às pressas para assumir o comando da produção. Isso chegou a deixar os fãs um pouco receosos, devido ao pouco tempo para a entrega da película imposta pelo estúdio. Além disso, alguns atores poderiam deixar projeto.

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Os maiores temores não aconteceram e Ratner, então, causou uma mudança vinda em boa hora. X-Men 3 deixa um pouco de lado o clima ficção científica imposto por Singer e dá mais ênfase no drama, na dinâmica entre os personagens, e na aventura, claro, com empolgantes e espetaculares cenas de ação.

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Houve mudança no conceito da Fênix Negra, que acabou sendo até razoável, visto que explicar entidades cósmicas no terceiro filme, quando até agora não se falou sobre qualquer ser alienígena, seria algo sem cabimento. A gama de personagens também aumentou consideravelmente: Dra. Kavita Rao, Fera, Kitty Pride, Anjo, Sanguessuga, Madrox, Arco Voltaico, Maré Selvagem, Caçador de Escalpos, Fanático, Callisto, Psylock, Pennance, Caliban, Bolivar Trask... São vários.

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Assim, aqui cabe o mérito de Ratner. A história por trás dos X-Men, uma luta sobre o preconceito, é muito forte e a ''cura'' propõe uma discussão ainda maior sobre o diferente. Claro, não há densidade política ou social mas é o suficiente para que a naturalidade com que a trama flua para as cenas de ação funcione com empatia total com o público, já habituado com os elementos introduzidos nos filmes anteriores.


Tudo gira em torno de Wolverine, Fênix Negra, Xavier e Magneto, sem explorar o bem ou mal de forma maniqueísta, como ocorre na maioria das adaptações e histórias de super-heróis. E tudo vai levar ao clímax, à guerra iminente anunciada desde o primeiro filme. E aí é que a audiência vai ao delírio, principalmente os fãs mais antigos. O conceito fundamental de cada personagem principal acaba dando a cara nas telas. Uma pena que Anjo ou Vampira tenham tido pouca participação e até mesmo que Noturno esteja ausente. Mas são pequenos ''delitos'' para um bem maior, a escalada bem pensada de eventos na trama.

Wolverine
está mais agressivo, parece-se mais ainda com o das revistas e encarna o caçador que estamos habituados a ver quando enfrenta uma versão de Maré Selvagem e do Caçador de Escalpos, dos Carrascos, em uma floresta. Bobby Drake finalmente se torna o Homem de Gelo como conhecemos. Tempestade voa, solta raios e tem seu pega-pra-capar com Callisto.

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Kitty Pride é aquela pequena grande garota que usa seus poderes com astúcia, mesmo contra o incontrolável Fanático. E o Fera, ah, o Fera, clama seu famoso ''Minha Santa Aquerupita!'' com seus fantásticos golpes acrobáticos, cheios de fúria e selvaria. Sem contar o fabuloso ''arremesso especial'' de Colossus e Wolverine e a Sala do Perigo...


A impressão que se tem ao término do filme é de satisfação e já de saudade. A trilogia é um marco do cinema e dos quadrinhos. É a primeira vez que um arco, tão famoso nas séries mensais das editoras, acontece na Sétima Arte. Nem mesmo todas as películas de Superman ou Batman conseguiram manter consistência e uma história em três edições.

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Aqui acaba um arco, uma fase nas adaptações de X-Men. E a expectativa é de outros, já que o final do filme e as cenas escondidas nos créditos finais deixam um bom gancho para os futuros roteiristas, que já trabalham nos vindouros filmes-solo de Magneto e Wolverine, anunciados pela Marvel para breve.


Boas histórias e personagens não faltam: quem viria ao passado para matar Xavier? Onde está o pai e o irmão perdido de Ciclope? Quem é o charmoso ladrão que entra para o grupo? O que o filho de Jean Grey e Ciclope, que viria de uma realidade alternativa, está fazendo em nossa era? Do que se trata a Ninhada? Qual o único grupo capaz de parar a ameaça de Apocalipse? Essas respostas, esperamos todos, podem estar em um futuro próximo, junto dos Filhos do Átomo no cinema.

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