Para todos os gostos
100 Garotas é quase um manual para compreender o que acontece quando homens e mulheres se encontram cheios de expectativas amorosas. O protagonista é Matthew, um universitário indignado. Ele está tentando entender por que os dois sexos, muitas vezes, se hostilizam tanto.
Ele acha que existem muitos "istas" no mundo - machistas, comunistas, racistas, fascistas, feministas - enquanto o único "ista" que deveria existir é o "humanista". Junta-se aí também uma porção de piadas metafóricas dramatizadas ao pé da letra. O estilo dá um toque humorístico genial para 100 Garotas.
O forte do filme não é a história em si, mas sim as análises feitas por Matthew - interpretado por Jonathan Tucker (As Virgens Suicidas - filme de Sofia Coppola). O ator tem a sensibilidade e o despojamento necessários para encarnar bem o personagem. É engraçado fingindo ser mulher para investigar as garotas da faculdade. Consegue dar o ar verdadeiro e merecido para o discurso freudiano e analítico do personagem.
É notável também a evolução do roteiro. À primeira vista assemelha-se a American Pie, com um humor banal - leia-se piadas sobre sexo - e evolui quando Matthew se mostra como alguém capaz de perceber e relacionar sua natureza com os relacionamentos com as mulheres.
Depois de fazer sexo com uma garota da universidade - sem ver o rosto dela - dentro de um elevador durante um blecaute, Matthew se apaixona e a procura desesperadamente. Enquanto a busca não termina, ele faz amizade com garotas de todos os tipos, vai descobrindo o universo feminino e entendendo seu próprio comportamento. Há muito mais por trás da história aparentemente comum: um personagem interessantíssimo. Uma comédia com conteúdo, profunda, capaz de ensinar, envolver e fazer pensar.
Filmes para adolescentes geralmente são uma coleção de piadas de mau gosto, de dar sono ao mais atento dos espectadores. Em meio a essa avalanche de porcarias que despencam ultimamente nos cinemas, o diretor e roteirista Michael Davis (Eight Days a Week) conseguiu se libertar da camisa de força de baboseiras apelativas. Escreveu e dirigiu um filme sem enredo forte, mas que consegue transmitir a essência das relações entre homens e mulheres, nem sempre muito fáceis, aos olhos de um adolescente introspectivo e convincente.
Ele acha que existem muitos "istas" no mundo - machistas, comunistas, racistas, fascistas, feministas - enquanto o único "ista" que deveria existir é o "humanista". Junta-se aí também uma porção de piadas metafóricas dramatizadas ao pé da letra. O estilo dá um toque humorístico genial para 100 Garotas.
O forte do filme não é a história em si, mas sim as análises feitas por Matthew - interpretado por Jonathan Tucker (As Virgens Suicidas - filme de Sofia Coppola). O ator tem a sensibilidade e o despojamento necessários para encarnar bem o personagem. É engraçado fingindo ser mulher para investigar as garotas da faculdade. Consegue dar o ar verdadeiro e merecido para o discurso freudiano e analítico do personagem.
É notável também a evolução do roteiro. À primeira vista assemelha-se a American Pie, com um humor banal - leia-se piadas sobre sexo - e evolui quando Matthew se mostra como alguém capaz de perceber e relacionar sua natureza com os relacionamentos com as mulheres.
Depois de fazer sexo com uma garota da universidade - sem ver o rosto dela - dentro de um elevador durante um blecaute, Matthew se apaixona e a procura desesperadamente. Enquanto a busca não termina, ele faz amizade com garotas de todos os tipos, vai descobrindo o universo feminino e entendendo seu próprio comportamento. Há muito mais por trás da história aparentemente comum: um personagem interessantíssimo. Uma comédia com conteúdo, profunda, capaz de ensinar, envolver e fazer pensar.
Filmes para adolescentes geralmente são uma coleção de piadas de mau gosto, de dar sono ao mais atento dos espectadores. Em meio a essa avalanche de porcarias que despencam ultimamente nos cinemas, o diretor e roteirista Michael Davis (Eight Days a Week) conseguiu se libertar da camisa de força de baboseiras apelativas. Escreveu e dirigiu um filme sem enredo forte, mas que consegue transmitir a essência das relações entre homens e mulheres, nem sempre muito fáceis, aos olhos de um adolescente introspectivo e convincente.