Para todos os gostos
Os garotos da pequena cidade caipira South Park, no estado americano do Colorado, precisam chamar a atenção das mães e usam para isso uma boa dose de palavrões. Depois de assistir a um filme impróprio, estrelado pelos heróis canadenses Terrance e Phillip, as crianças saem do cinema calibradas para vomitar horripilantes desaforos.
As mães ficam apavoradas e condenam à morte os canadenses. A discussão acaba na ONU e é declarada uma guerra entre os Estados Unidos e o Canadá.
Dispostos a chutar o balde, os produtores Trey Parker, Matt Stone e o roteirista Pam Brady mostram que o riso pode ser mais que uma reação normal diante de uma piada bem sacada. Se não apelassem para o humor, o filme seria mais um daqueles chatos dramalhões sociais. South Park é uma crítica bem-humorada aos problemas que perturbam os norte-americanos desde que os Estados Unidos são os Estados Unidos. Racismo, preconceito, mania de jogar os problemas familiares para debaixo do tapete e de olhar apenas para o próprio umbigo ficam bem à mostra na tela do cinema.
O olhar inocente de Stan, Kenny, Kyle e Eric revelam o problema do abandono das crianças dentro da própria casa. Os pais, sempre ocupados, se afastam dos filhos e encontram o jeito mais fácil para educá-los: a repreensão.
Assistindo ao filme, os risos são uma reação incontrolável, mas os criadores procuram também uma reflexão do público que é surpreendido pela crítica sagaz. Para isso, contam com a sensibilidade da platéia. South Park é engraçado não só pelo texto, mas também pelo ritmo. Tudo é muito rápido. O visual simples e infantil longe da qualidade técnica dos desenhos de Walt Disney não diminui em nada a importância da história. Aliás, filmes tecnicamente mais simples como A Bruxa de Blair e South Park têm alcançado bilheterias maiores do que o esperado. Provam que um filme não precisa ser bonito para ser bom. Nesse mundo de histórias prontas e repetidas é preciso contar muito com a criatividade. No caso do desenho animado South Park, misturar crianças, crítica e piadas que vão direto ao ponto foi a maneira encontrada.
As mães ficam apavoradas e condenam à morte os canadenses. A discussão acaba na ONU e é declarada uma guerra entre os Estados Unidos e o Canadá.
Dispostos a chutar o balde, os produtores Trey Parker, Matt Stone e o roteirista Pam Brady mostram que o riso pode ser mais que uma reação normal diante de uma piada bem sacada. Se não apelassem para o humor, o filme seria mais um daqueles chatos dramalhões sociais. South Park é uma crítica bem-humorada aos problemas que perturbam os norte-americanos desde que os Estados Unidos são os Estados Unidos. Racismo, preconceito, mania de jogar os problemas familiares para debaixo do tapete e de olhar apenas para o próprio umbigo ficam bem à mostra na tela do cinema.
O olhar inocente de Stan, Kenny, Kyle e Eric revelam o problema do abandono das crianças dentro da própria casa. Os pais, sempre ocupados, se afastam dos filhos e encontram o jeito mais fácil para educá-los: a repreensão.
Assistindo ao filme, os risos são uma reação incontrolável, mas os criadores procuram também uma reflexão do público que é surpreendido pela crítica sagaz. Para isso, contam com a sensibilidade da platéia. South Park é engraçado não só pelo texto, mas também pelo ritmo. Tudo é muito rápido. O visual simples e infantil longe da qualidade técnica dos desenhos de Walt Disney não diminui em nada a importância da história. Aliás, filmes tecnicamente mais simples como A Bruxa de Blair e South Park têm alcançado bilheterias maiores do que o esperado. Provam que um filme não precisa ser bonito para ser bom. Nesse mundo de histórias prontas e repetidas é preciso contar muito com a criatividade. No caso do desenho animado South Park, misturar crianças, crítica e piadas que vão direto ao ponto foi a maneira encontrada.