Estreias

'Benjamim' adapta romance de Chico Buarque com classe

11 jun 2004 às 17:15

'Benjamim' conta a história de uma paixão perigosa em dois tempos, separados por um lapso de 30 anos. Ao conhecer a jovem Ariela Masé (Cleo Pires), de espantosa semelhança com o grande amor de seu passado, o veterano e esquecido modelo fotográfico Benjamim Zambraia (Paulo José) revive as delícias e horrores da paixão. A "reencarnação" da sua amada Castana Beatriz (também vivida por Cleo Pires) tem algo mais a lhe oferecer: um acerto de contas com a sua própria consciência.

O filme se baseia no romance homônimo, do consagrado compositor e escritor brasileiro Chico Buarque, que foi traduzido para vários idiomas. Com sua estrutura sofisticada, seu labirinto temporal que, em vez de confundir, esclarece progressivamente o espectador, Benjamim é ao mesmo tempo fiel e independente em relação a sua matéria-prima literária.


Este é o segundo longa-metragem de Monique Gardenberg, a diretora do thriller político-psicológico "Jenipapo", sucesso no Festival de Sundance de 1996. Na atmosfera do livro de Chico Buarque, Monique encontrou espaço para um filme reflexivo, cuja ação se encontra nas entrelinhas entre o real e o imaginário. "O ponto de vista sempre subjetivo e múltiplo com que a história é narrada oferece ao cineasta uma oportunidade rara de exercitar uma linguagem própria e inovadora", diz ela.


As duas idades de Benjamim Zambraia são repartidas na tela entre o experiente Paulo José, um dos ícones do moderno cinema brasileiro (astro de "O Padre e a Moça, "Macunaíma", "Todas as Mulheres do Mundo", "O Rei da Noite", "Policarpo Quaresma" entre outros), e o jovem Danton Mello, talento em ascensão na televisão e no cinema brasileiros.


A bela Cleo Pires estréia como atriz assumindo a dupla responsabilidade de interpretar Ariela Masé e Castana Beatriz, pivôs da engenhosa trama de Benjamim. No estelar elenco coadjuvante, destacam-se Chico Diaz, Guilherme Leme, Nelson Xavier, Ernesto Piccolo, Rodolfo Bottino, Miguel Lunardi e Mauro Mendonça.


O filme tem direção de fotografia de Marcelo Durst, direção de arte de Marcos Flaksman, figurinos de Marcelo Pies, montagem de João Paulo Carvalho, som de Jorge Saldanha e música original de Arnaldo Antunes e Chico Neves. O filme teve sua estréia mundial no Festival de Sundance de 2003, uma importante mostra de cinema independente norte-americana.

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