Estreias

"Babel" explora o cotidiano dramático de jovens em locais diferentes do planeta

24 jan 2007 às 17:25

Cinco jovens conectados pelo mundo, seja pela Teoria do Caos ou simplesmente por uma grande coincidência. Ao somar fatores negativos, especialmente o prenconceito e a intolerância, é possível enxergar nesse contexto um breve relato do tipo ''o que estão fazendo com nossas crianças''.

O tema, pouco original, foi explorado com sensibilidade pelo diretor mexicano Alejandro González Iñarrítu em Babel, premiado recentemente com o Globo de Ouro na categoria Melhor Filme. Na compeitção pelo Oscar 2007, é o favorito com 7 indicações nas principais categorias.


"Babel" se divide basicamente nas vidas dos jovens: duas crianças norte-americanas, que, por imprudência, acabam sendo levadas por sua babá para um casamento no México; dois pré-adolescentes marroquinos que estão aprendendo a usar um rifle para cuidar da criação de cabras do pai; e uma adolescente japonesa, carente e sem rumo após a morte da mãe.


A bala perdida que acerta a turista norte-americana Susan (Cate Blanchett), esposa de Richard (um envelhecido Brad Pitt) acaba gerando a trama paralela que conduz e brinca com o espaço/tempo no longa.

Bem executado e com performances convincentes, o filme narra tudo com certa crueza - uma das características do diretor dos também aclamados "Amores Brutos" e "21 Gramas" - e é um dramalhão daqueles de provocar choradeira. Mas, antes de ver, esqueça que a película é indicada ao Oscar: o ar pretensioso de "Babel" pode incomodar um pouco.


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