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Apolônio Brasil traz sua alegria aos cinemas

Redação Bonde
18 dez 2003 às 14:34

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- Divulgação
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O mundo era definitivamente mais romântico. E Apolônio Brasil incorporou esse romantismo como poucos. Fosse na cama, ao lado da grande paixão daquela madrugada; ao piano, tocando e cantando na Golden Night; nas farras, ao lado dos amigos inseparáveis.

A vida de Apolônio - personagem de Marco Nanini no filme de Hugo Carvana - é a história de uma noite que desapareceu no Rio e em São Paulo, mas que era quase um personagem das cidades, com suas boates, a Bossa Nova, a dor de cotovelo, os crooners, e que seduziu os boêmios dos anos 50 aos 80. Até a chegada da discoteca e suas proporções mega.

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Toda a sedução desse tempo em que o Brasil era mais romântico está retratado no filme de Carvana, "Apolônio Brasil - Campeão da Alegria". Uma homenagem de Carvana à música brasileira e à chanchada, o filme é dividido entre passado (musical) e presente (comédia). O cientista Dr. Boris, interpretado por José Lewgoy, reúne os amigos de Apolônio Brasil para refazer a vida do pianista.

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De posse do cérebro de Apolônio, Boris busca desvendar a fórmula mágica que faz com que o pianista tenha sido capaz de gerar tanta alegria. O que se vai descobrir ao longo do filme é que suas intenções não são propriamente as melhores. Como não poderia deixar ser no caso de um personagem de Lewgoy, o vilão-mor do cinema brasileiro.

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Ambientado numa sala asséptica, dominada pela presença do cérebro de Apolônio, o filme corre num ritmo de comédia rasgada, bem no tom das chanchadas. Tudo intercalado pelas lembranças de Apolônio, resgatadas por seus amigos. Aí entra o clima deliciosamente lírico do passado.


Quando criança, Apolônio é vivido pelo menino Mark Franken. Depois, jovem, Caio Junqueira vive um Apolônio inconseqüente, mas profundamente sedutor e criativo. Nanini incorpora Apolônio adulto, que desiste do cinema e do rádio para viver a noite de forma intensa.

Para construir a trilha sonora, o maestro David Tygel fez uma extensa pesquisa que se concentrou na música brasileira, especialmente dos 50 aos 70. Pérolas foram desencavadas, como Nossos Momentos, de Haroldo Barbosa e Praça Onze, de Herivelto Martins e Grande Otelo. A dupla Abel Silva e Suely Costa compôs especialmente para o filme a bela Outra Vez Nunca Mais e Tygel comparece com outras seis músicas.


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