Para todos os gostos
Baseado em livro homônimo publicado na Inglaterra em 1995 por Nick Hornby, Alta Fidelidade tem roteiro simples, mas que se refere à vida real ao invés de narrar um conto de fadas. Trata-se de um homem que tem mais cuidado com seus LPs do que com sua vida amorosa..
Ele sabe que tipo de música gosta, mas não consegue escolher uma mulher que lhe agrade. E usa a música para tentar entender porque ele tem problemas no amor.
O rapaz descrito acima é Rob Gordon (John Cusack, de Quero Ser John Malkovich), um viciado em música confesso e proprietário da Championship Vinyl, uma loja de discos num subúrbio de Chicago, onde ele e seus dois funcionários, Dick (Todd Louiso) e Barry (Jack Black), discutem sobre música e insultam os clientes. Este é o pano-de-fundo para, provavelmente, um dos filmes mais divertidos do ano.
Com a direção do inglês Stephen Frears (Ligações Perigosas e Herói por Acidente) e roteiro co-escrito pelo astro respeitadíssimo John Cusack, em uma das adaptações mais fiéis já trazidas às telas, o enredo principal foca no passado amoroso de Rob, quando ele reconta o fim de seus relacionamentos através de seu método de organização preferido: a lista das cinco melhores. Ele, intencionalmente, exclui sua mais recente namorada, Laura (Iben Hjejle, de Mifune), dessa lista porque está tentando lidar com o fato dela tê-lo trocado por Ian (Tim Robbins), um ex-vizinho. Neste processo de flashback sentimental, Rob descobre muita coisa sobre ele mesmo.
Os melhores momentos, no entanto, são aqueles na loja de discos quando Dick e especialmente o hilariante Barry roubam todas as cenas em que aparecem. Eles passam o tempo todo discutindo sobre música e qualquer um que entenda um pouco do assunto vai rolar de tanto rir durante o diálogo dos dois. Dick é um cara sossegado e um louco por música no sentido clássico da palavra, enquanto Barry é um elitista cruel e ridículo. O temperamento de cada um desses personagens difere tanto que o espectador se pergunta como os dois convivem tão bem.
Como em uma peça Shakespeariana, John Cusack freqüentemente deixa de lado as namoradas, os clientes e os companheiros de trabalho para falar diretamente para a câmera. Impressiona como não poderia ter havido melhor escalação para o papel de Rob. Como ninguém mais além de Cusack poderia ter extraído a natureza idiota do personagem de um homem por volta dos trinta anos de idade, tão obcecado por seus relacionamentos anteriores que acaba não se preocupando o suficiente com a mulher que, com toda a razão, exige sua atenção.
Com um título que já dá uma dica do que vem pela frente, uma trilha sonora que faz o espectador entrar na trama e se sentir parte dela, diálogos brilhantes e inteligentes, sem contar a atuação soberba, Alta Fidelidade reúne todos os ingredientes necessários para uma produção de sucesso.
Incrível, engraçado, provocativo e interessante, tudo isso em um filme só. Feito especialmente para quem gosta de música e atuação da melhor qualidade. Imperdível.
Ele sabe que tipo de música gosta, mas não consegue escolher uma mulher que lhe agrade. E usa a música para tentar entender porque ele tem problemas no amor.
O rapaz descrito acima é Rob Gordon (John Cusack, de Quero Ser John Malkovich), um viciado em música confesso e proprietário da Championship Vinyl, uma loja de discos num subúrbio de Chicago, onde ele e seus dois funcionários, Dick (Todd Louiso) e Barry (Jack Black), discutem sobre música e insultam os clientes. Este é o pano-de-fundo para, provavelmente, um dos filmes mais divertidos do ano.
Com a direção do inglês Stephen Frears (Ligações Perigosas e Herói por Acidente) e roteiro co-escrito pelo astro respeitadíssimo John Cusack, em uma das adaptações mais fiéis já trazidas às telas, o enredo principal foca no passado amoroso de Rob, quando ele reconta o fim de seus relacionamentos através de seu método de organização preferido: a lista das cinco melhores. Ele, intencionalmente, exclui sua mais recente namorada, Laura (Iben Hjejle, de Mifune), dessa lista porque está tentando lidar com o fato dela tê-lo trocado por Ian (Tim Robbins), um ex-vizinho. Neste processo de flashback sentimental, Rob descobre muita coisa sobre ele mesmo.
Os melhores momentos, no entanto, são aqueles na loja de discos quando Dick e especialmente o hilariante Barry roubam todas as cenas em que aparecem. Eles passam o tempo todo discutindo sobre música e qualquer um que entenda um pouco do assunto vai rolar de tanto rir durante o diálogo dos dois. Dick é um cara sossegado e um louco por música no sentido clássico da palavra, enquanto Barry é um elitista cruel e ridículo. O temperamento de cada um desses personagens difere tanto que o espectador se pergunta como os dois convivem tão bem.
Como em uma peça Shakespeariana, John Cusack freqüentemente deixa de lado as namoradas, os clientes e os companheiros de trabalho para falar diretamente para a câmera. Impressiona como não poderia ter havido melhor escalação para o papel de Rob. Como ninguém mais além de Cusack poderia ter extraído a natureza idiota do personagem de um homem por volta dos trinta anos de idade, tão obcecado por seus relacionamentos anteriores que acaba não se preocupando o suficiente com a mulher que, com toda a razão, exige sua atenção.
Com um título que já dá uma dica do que vem pela frente, uma trilha sonora que faz o espectador entrar na trama e se sentir parte dela, diálogos brilhantes e inteligentes, sem contar a atuação soberba, Alta Fidelidade reúne todos os ingredientes necessários para uma produção de sucesso.
Incrível, engraçado, provocativo e interessante, tudo isso em um filme só. Feito especialmente para quem gosta de música e atuação da melhor qualidade. Imperdível.