Destaque

Curta londrinense "Rubras Mariposas" é indicado a prêmio nacional

10 abr 2014 às 18:45

A cidade de Londrina está em destaque no cenário cinematográfico nacional, pois o curta-metragem londrinense "Rubras Mariposas" está na lista de curtas nacionais que irão concorrer ao Prêmio ABC 2014 na categoria de Melhor Direção de Fotografia para Curta-Metragem. A lista foi divulgada na última segunda-feira (7) e selecionada por uma comissão composta por sócios da ABC. O filme tem direção de fotografia de Anderson Craveiro, é estrelado por Maria Alice Vergueiro e patrocinado pelo Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promic) da Prefeitura de Londrina.

O diretor de fotografia do filme, Anderson Craveiro, disse que a ideia foi remeter, através da fotografia, à época em que se passa o filme - década de 60, tempo em que Londrina era considerada a "Capital Mundial do Café". Para isso, o diretor usou dois formatos, o digital e algumas cenas produzidas em super 8 mm, justamente para buscar as memórias do tempo. Ele ressaltou que foram feitos tratamentos na iluminação e na finalização do filme e que buscou uma fotografia mais artística e autoral. O prêmio recebe inscrições de todo o país.


O curta está concorrendo na mesma categoria com outros 13 nomes importantes do cinema nacional. A cerimônia de premiação acontece no dia 10 de maio, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo. Os vencedores serão definidos pelos sócios da associação. No ano passado, o filme Natureza Morta, com direção fotográfica de Carlos Firmino, levou o prêmio de Melhor direção de Fotografia Curta-Metragem. Em anos anteriores e em outras categorias, o Prêmio ABC premiou conhecidos filmes como "O Palhaço", de Selton Mello; "Ensaio sobre a Cegueira", de Fernando Meirelles; "Tropa de Elite", de José Padilha, entre outros.


Sobre o filme


De acordo com informações divulgadas na página do filme, Rubras Mariposas conta histórias do auge e da decadência da boemia londrinense, através das lembranças de Jussara, mas o faz por um caminho que poucos se atreveram a contar. O filme se passa dentro dos cabarés, local em que os barões podiam esbanjar e que onde boa parte do dinheiro vindo da economia cafeeira era gasto.

Além disso, os cabarés eram locais onde patrões e trabalhadores da roça tinham o mesmo sonho: a mulher ideal. O filme se passa na época em que Londrina foi considerada a "capital mundial do café" e respondia por aproximadamente 25% da economia nacional. Com tanto dinheiro rodando pela cidade, a noite e a boemia local pulsavam no mesmo ritmo. Com o passar dos anos, veio a decadência do glamour em decorrência do declínio da economia cafeeira, que teve seu início na famosa geada de 1970.


Continue lendo