Um dos maiores nomes da crítica cinematográficas de todos os tempos. Isso não basta, mas é o começo de uma descrição de Roger Ebert, que faleceu nesta quinta-feira, 4 de abril, em Chicago, nos Estados Unidos. Ele foi vítima de um câncer contra o qual lutava desde 2002 e que já havia comprometido sua fala e obrigado o uso de uma cadeira de rodas nos últimos anos.
Ebert começou a carreira de crítico em 1967, no Chicago-Sun Times, veículo em que escreveu até sua morte. Em 1975, recebeu o conceituado prêmio Pulitzer, sendo o primeiro profissional da área a conquistar tal iguaria. O anúncio do falecimento foi feito pelo próprio jornal, que publicou no Twitter: "É com o coração pesado que reportamos que o lendário crítico de cinema Roger Ebert faleceu."
O crítico publicou um texto há dois dias avisando que escreveria menos críticas, mas que continuaria ativo. Ele pretendia diminuir o ritmo para cuidar da saúde. Em nenhum momento pensou em parar de escrever completamente. Descrito por Rick Kogan, do Tribune, como "um crítico com coração de poeta", Ebert foi um nome muito influente em todo mundo. Escreveu mais de 15 livros, com destaque para a série "Grandes Filmes", em que criticava clássicos do cinema.
Escreveu o roteiro de De Volta ao Vale das Bonecas (1970), mas não buscou uma carreira em filmes. No momento, Steve James, Steven Zaillian e Martin Scorsese produzem um documentário sobre a vida de Roger Ebert.
Também teve dois programas de televisão e, em 2005, se tornou o primeiro crítico a receber uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood. Natural de Champaign, Illinois, levou para a terra natal um festival de cinema que acontece desde 1999. Ele deixa a esposa Chaz Hammelsmith, com quem foi casado por 21 anos.