Mais uma vez o governo de Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã, persegue os cineastas locais. A nova vítima é Mahnaz Mohammadi, presa em 26 de junho.
A diretora foi detida em Teerã após a realização de uma busca feita pela polícia em sua casa. Esta não é a primeira vez que Mohammadi enfrenta problemas com o governo iraniano. Devido ao seu ativismo político e as opiniões sobre o regime, ela já teve o passaporte e equipamentos de trabalho confiscados. Em maio deste ano foi impedida de visitar a França para divulgar seu novo filme como atriz, Bodas Efêmeras.
A diretora ganhou destaque com Mulheres Sem Sombra, premiado em vários países, e Travelogue. Ela também participou do documentário Nós Somos Metade da População, de Rakhshan Bani-Etemad, sobre as eleições presidenciais no Irã ocorridas em 2009.
Até o momento nenhuma informação sobre as acusações sobre Mohammadi e seu paradeiro após ser detida foram reveladas.
Esta não é a primeira vez que o governo iraniano se volta contra os cineastas locais. O caso mais famoso envolve o diretor Jafar Panahi (O Balão Branco), condenado a seis anos de prisão por ter feito propaganda contra o governo de Ahmadinejad, durante as eleições de 2009. Além disto, Panahi foi proibido por 20 anos de rodar novos filmes, escrever roteiros, viajar ao exterior e conceder entrevistas, seja para meios de comunicação locais ou internacionais. Atualmente ele cumpre prisão domiciliar em Teerã.