Bastidores

Documentário sobre psicografia de Chico Xavier estreia

12 nov 2010 às 16:59

Longe das recentes produções espíritas de orçamentos mais volumosos, o documentário "As Cartas Psicografas por Chico Xavier", de Cristina Grumbach, estreia hoje. Sua marca é a simplicidade. Quase jornalístico, o filme, que tem orçamento total de R$ 850 mil, exibe entrevistas com famílias, principalmente mães, que perderam os filhos e, posteriormente, receberam cartas, que supostamente teriam sido ditadas pelos parentes em sessões de psicografia do médium mineiro.

Sem tocar em até que ponto se pode acreditar nas tais correspondências, a diretora foca a dificuldade dessas mulheres em aceitar que os filhos partiram antes delas. Mostra também como, em alguns casos, foram esses bilhetes os responsáveis por trazer algum conforto e esperança.



Embora o longa chegue aos cinemas na sequência de "Chico Xavier" e "Nosso Lar", Cristiana conta que a ideia de fazê-lo nasceu em 2004. "Durante uma conversa, um amigo me disse que há algum tempo havia acompanhado uma sessão de psicografia de Xavier. Meu avô tinha morrido e eu pensei, ''como seria receber uma carta dele?''. Assim, nasceu o filme", diz.



Como projeto pronto, a diretora partiu em busca de contatos de pessoas dispostas a revelar essa experiência. Mesmo sem ser uma seguidora da doutrina espírita, ela diz que encontrou muitas portas abertas. "Tive acesso a uma pesquisa extensa feita sobre o trabalho de psicografia de Chico Xavier. Consegui contato com 14 famílias, todas de São Paulo", revela a diretora, que trabalhou como assistente de direção em seis filmes de Eduardo Coutinho.


Do total de entrevistados, o documentário traz, ao longo de 87 minutos, nove histórias, além de trechos das cartas recebidas por essas famílias. A estrutura das conversas é bem similar. Os entrevistados contam como chegaram a Chico Xavier, como foram tratados por ele e de que forma foram levados a crer que realmente eram seus filhos os autores daquelas palavras. As histórias são tristes e algumas devem fazer o espectador ficar com os olhos cheios de lágrimas, mas Cristina não explora excessivamente a dor.


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