Vencedora do Oscar de melhor atriz por "Cisne Negro" em 2011, a atriz norte-americana nascida em Israel Natalie Portman disse que não sabe onde está sua estatueta e ainda a chamou de "falso ídolo", em entrevista à revista "The Hollywood Reporter" deste mês. Natalie estampa a capa de maio da publicação.
A estrela de 33 anos, também indicada pela Academia na categoria de melhor atriz coadjuvante por "Closer – Perto Demais", em 2005, falou que não vê seu Oscar há algum tempo. "Acho que ele está no cofre ou algo do tipo. Não sei", admitiu. "Eu estava lendo a história de Abrão para o meu filho [Aleph Portman-Millepied, de quase 4 anos] e falando sobre não adorar falsos ídolos. E eles eram literalmente homens de ouro. ( ) É por essa razão que isso [seu Oscar] não é exibido na parede. É um falso ídolo", acrescentou Natalie à "Hollywood Reporter".
A autora da bailarina atormentada que conduz o drama psicológico "Cisne Negro", de Darren Aronofsky, conversou ainda sobre como é ser judia em um momento pós-ataque à revista satírica francesa Charlie Hebdo, em Paris, em janeiro. Natalie atualmente mora na cidade. "Sim [fico nervosa com essa situação], mas eu ficaria nervosa sendo um homem negro neste país. [Também] Ficaria nervosa sendo muçulmana em muitos lugares."
Natalie estreou recentemente como diretora de cinema, no filme "A Tale of Love and Darkness" ("Um Conto de Amor e Escuridão", em tradução livre), sobre as memórias do escritor israelense Amos Oz, 76 anos, que é cofundador do movimento Paz Agora. O longa foi rodado totalmente em hebraico.
Sobre a reeleição do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a atriz se mostrou desfavorável. "Sou muito contra Netanyahu. Contra. Estou muito, muito chateada e desapontada que ele foi reeleito. Acho seus comentários racistas terríveis", afirmou.
Apesar de ser fã da série de TV "Broad City", a atriz revelou não ter televisão em casa. Para ver a sitcom, ela apela para o computador.
E sobre seu casamento com o bailarino e coreógrafo Benjamin Millepied, Natalie comparou o relacionamento a um espelho. "( ) Quando você se depara dia após dia com alguém olhando para você, é como um espelho que você tem de si mesmo, e você pode ver seu próprio bom comportamento e mau comportamento. É um belo desafio ser a melhor pessoa no espelho que você puder. Quero dizer, eu não me culpo em relação a isso, mas não sou sempre tão generosa quanto sinto que poderia ser", explicou. (As informações são do Portal UOL)