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Se o seu desejo for assitir à "Topsy-Turvy - O Espetáculo" com certeza será porque você procura um bom filme. Porém, a produção inglesa requer do espectador mais do que vontade - requer também disposição, para dizer o mínimo. Não se trata de um filme chato, mas sim de um outro padrão de cinema, mais lento se comparado aos sucessos hollywoodianos mas que com certeza vai agradar pela simpatia da história e o capricho com a estética.
"Topsy-Turvy" procura abordar vários ângulos dos bastidores das produção de óperas populares na Inglaterra do século XIX, mais especificamente as obras cômicas da dupla Arthur Sullivan (Allan Corduner) e William S. Gilbert (Jim Broadbent). Foram 14 no total, a maioria de grande sucesso. O curioso título no cinema vem da comédia "Thepsis, Thepsis", de 1871, a primeira obra assinada pela dupla. A história do filme é verídica e centrada num período de cansaço criativo do letrista, Sir Gilbert, agravado pela recusa de Sullivan em compor as canções para as peças escritas por ele.
A crise começa depois do fracasso de crítica e público da última ópera em exibição assinada pelos dois, "Princesa Ida". Presos por contrato ao Teatro Savoy, em Londres, os protagonistas se vêem sem alternativa. A solução surge depois que Gilbert visita uma exposição japonesa e consegue inspiração para a próxima produção dos dois, "The Mikado". O filme ainda abre espaço para os dramas dos bastidores - a angústia dos atores e as dificuldades enfrentadas na vida particular de Gilbert, sua frieza com a esposa e o ótimo senso de humor para lidar com o trabalho. Tudo é tratado com a sutileza inglesa de responsabilidade de Mike Leigh, que roteirizou e dirigiu o filme. O ganhador do prêmio de melhor diretor em Cannes por "Naked" (1993) e também diretor do aclamado "Segredos e Mentiras"(1996) colocou em "Topsy-Turvy" uma pitada de humor sério, sem deboches, num drama nada apelativo. Um filme maduro, bem acabado, que não faz concessões em troca de sucesso nas bilheterias.
A produção - apesar de finalizada em 1999 - ganhou o Oscar de melhor figurino e melhor maquiagem em 2000. O prêmio foi merecido não só por ser notadamente trabalhoso, mas pela bela estética em que resultou. Outro mérito oficializado foi o prêmio de melhor ator para Jim Broadbent, pelo personagem Gilbert, no Festival de Veneza. Com certeza um trabalho muito convincente. No elenco ainda estão Kevin McKidd, Jessie Bond, Timothy Spall e Martin Savage soltando a voz e garantindo a qualidade técnica aliada à boa interpretação.
Com quase três horas de duração, "Topsy - Turvy" representa com certa fidelidade a cultura do século XIX na Europa. Os diálogos e os costumes são muito característicos numa rica e cativante representação de época.
"Topsy-Turvy" procura abordar vários ângulos dos bastidores das produção de óperas populares na Inglaterra do século XIX, mais especificamente as obras cômicas da dupla Arthur Sullivan (Allan Corduner) e William S. Gilbert (Jim Broadbent). Foram 14 no total, a maioria de grande sucesso. O curioso título no cinema vem da comédia "Thepsis, Thepsis", de 1871, a primeira obra assinada pela dupla. A história do filme é verídica e centrada num período de cansaço criativo do letrista, Sir Gilbert, agravado pela recusa de Sullivan em compor as canções para as peças escritas por ele.
A crise começa depois do fracasso de crítica e público da última ópera em exibição assinada pelos dois, "Princesa Ida". Presos por contrato ao Teatro Savoy, em Londres, os protagonistas se vêem sem alternativa. A solução surge depois que Gilbert visita uma exposição japonesa e consegue inspiração para a próxima produção dos dois, "The Mikado". O filme ainda abre espaço para os dramas dos bastidores - a angústia dos atores e as dificuldades enfrentadas na vida particular de Gilbert, sua frieza com a esposa e o ótimo senso de humor para lidar com o trabalho. Tudo é tratado com a sutileza inglesa de responsabilidade de Mike Leigh, que roteirizou e dirigiu o filme. O ganhador do prêmio de melhor diretor em Cannes por "Naked" (1993) e também diretor do aclamado "Segredos e Mentiras"(1996) colocou em "Topsy-Turvy" uma pitada de humor sério, sem deboches, num drama nada apelativo. Um filme maduro, bem acabado, que não faz concessões em troca de sucesso nas bilheterias.
A produção - apesar de finalizada em 1999 - ganhou o Oscar de melhor figurino e melhor maquiagem em 2000. O prêmio foi merecido não só por ser notadamente trabalhoso, mas pela bela estética em que resultou. Outro mérito oficializado foi o prêmio de melhor ator para Jim Broadbent, pelo personagem Gilbert, no Festival de Veneza. Com certeza um trabalho muito convincente. No elenco ainda estão Kevin McKidd, Jessie Bond, Timothy Spall e Martin Savage soltando a voz e garantindo a qualidade técnica aliada à boa interpretação.
Com quase três horas de duração, "Topsy - Turvy" representa com certa fidelidade a cultura do século XIX na Europa. Os diálogos e os costumes são muito característicos numa rica e cativante representação de época.