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Denúncia

Existem 300 pessoas "marcadas para morrer" no Pará

Agência Brasil
31 dez 1969 às 21:33

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Trezentas pessoas que vivem no interior do estado do Pará estão sendo ameaçadas de morte, por terem denunciado casos de tráfico de seres humanos, exploração sexual de crianças e adolescentes e pedofilia.

O número foi apresentado hoje (6) pelo bispo da Diocese da Ilha de Marajó (PA), dom José Luiz Azcona, em reunião extraordinária do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH). Ele é um dos quatro religiosos ameaçados de morte no estado.

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Azcona afirmou que o governo do Pará, apesar de ter conhecimento do número, ainda não tomou providências para reduzir os casos. "Não me preocupa tanto a minha segurança pessoal. Se existem 300 homens e mulheres marcados para morrer, isso indica uma sociedade doente, pobre e moribunda", criticou.

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100 estariam sob proteção do governo


Segundo o bispo, dos 300 ameaçados de morte, apenas 100 estão sob proteção do governo federal. "Tem que ter uma mudança de mentalidade, uma conversão. (É preciso) Olhar para a Amazônia como a Amazônia é, não com os olhos de Brasília."

O bispo disse ainda que há conivência de autoridades locais em casos de "prostituição, tráfico e consumo de drogas e uso de bebidas alcoólicas entre os jovens".


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