A Mesa Executiva da Câmara Municipal de Londrina decidiu enviar para o plenário, na próxima terça-feira (12), o pedido de abertura de uma Comissão Processante (CP) contra o prefeito Barbosa Neto, relacionada a possíveis irregularidades no contrato que previu o curso de formação da Guarda Municipal. A solicitação foi feita pelo vereador Joel Garcia (PTN) no dia 13 de outubro do ano passado.
Antes da CP, o Legislativo investigou o caso através de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI). O relatório final, que contou com a assinatura de Jairo Tamura (PSB) e Tito Valle (PMDB) - dois dos três vereadores responsáveis pelos trabalhos – foi derrubado em plenário no dia 9 de junho.
O documento isentava o prefeito Barbosa Neto (PDT) de culpa e transferia a responsabilidade para o secretário municipal de Governo – e ex de Gestão Pública –, Marco Antônio Cito, e para o ex-secretário de Defesa Social, Benjamin Zanlorenci.
O relatório final de Tamura e Valle substituiu a decisão da vereadora Lenir de Assis (PT), que também responsabilizou Barbosa pelas irregularidades. Ela foi a relatora da CEI da Guarda. "Eu reconheço que a Câmara está dando um salto nas investigações, tomando uma decisão coerente com os fatos, histórica", destacou a vereadora durante a sessão desta quinta-feira (7) da Câmara.
A declaração de Lenir foi feita após o vice-presidente do Legislativo, vereador Rony Alves (PTB), afirmar que a mesa executiva da Casa acatou a denúncia de Joel Garcia e encaminhou a votação sobre a CP contra o prefeito para o plenário. Lembrando que a Comissão Processante, ao contrário das comissões especiais de inquérito, tem o poder de cassar o mandato de Barbosa Neto.