Política

Vereadores mantêm veto à 'domingueira' a R$ 1

07 abr 2010 às 09:11

Eram necessários 10 votos para derrubar o veto, mas faltou um, e a Câmara Municipal dissipou, na sessão de ontem (6), qualquer possibilidade de tarifa de transporte coletivo a R$ 1, aos domingos, em Londrina.

Conhecida popularmente como ''domingueira'', a medida já é vigente em Curitiba. Foram decisivas para a manutenção da posição do prefeito Barbosa Neto (PDT) cinco abstenções - de um total de sete - que, no segundo e último turno da matéria, em 18 de fevereiro, haviam sido votos favoráveis à proposta: as de Jairo Tamura (PSB), José Roque Neto e Rony Alves (PTB), Renato Lemes (PRB) e Roberto Fortini (PTC). Duas únicas abstenções na segunda discussão, Sandra Graça (PP) manteve o voto, e o líder do PDT na Casa, Roberto Fu, manteve o veto do Executivo.


Para o autor da matéria, vereador Paulo Arildo (PSDB), a tarifa mais barata em dias de menor circulação de passageiros tinha pelo menos três justificativas: ''incentivar as famílias'' ao uso desse tipo de transporte, em finais de semana; ''dar chance'' a quem não tem condições de usar o coletivo para visitar parentes; e incentivo para conhecer a cidade.


No parecer da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), o então presidente, Lindomar Mota dos Santos, apontou, para embasar o parecer contrário, que o projeto ocasionaria ''desequilíbrio econômico-financeiro no sistema público de transporte coletivo, onerando a tarifa paga pelos usuários pagantes''. Outro apontamento feito pela CMTU foi em relação a vício de iniciativa da matéria.

Arildo criticou os argumentos do Executivo e lamentou a mudança de posicionamento de alguns colegas. ''Em hipótese alguma traz esse impacto na tarifa, que sequer foi mencionado; mesmo quando mandamos o projeto para manifestação da CMTU, desde que começou a tramitar (em maio de 2009), foram dois reajustes da tarifa, nesse período, e nenhuma resposta'', disse o tucano. ''Quando o projeto veio à pauta a diretoria da CMTU me chamou para conversar e alegou que (com tarifa a R$ 1) poderia haver pressão popular''. Sobre as novas abstenções, Arildo se absteve de comentá-las.


Continue lendo