O vereador Aparecido Custódio da Silva, de Curitiba, foi condenado em primeira instância a nove anos e dois meses de reclusão em regime fechado e a pagamento de multa de R$ 399.828,00 por crime de peculato (desvio de verba pública).
A decisão foi proferida em 1 de fevereiro, pelo Juízo da 6ª Vara Criminal de Curitiba, que julgou parcialmente procedente a denúncia do Ministério Público Estadual. O juiz considerou improcedente a denúncia em relação à prática de concussão (extorsão praticada por funcionário público), mas condenou Custódio e outros quatro réus por peculato.
De acordo com a denúncia do MP, entre janeiro de 1993 e março de 2000, quando exercia mandato de vereador na capital, Custódio teria desviado total de R$ 1,59 milhão, sem correção monetária, com o recebimento de salários de funcionários-fantasma e de parte de salários de assessores e outros funcionários com cargo em comissão.
Também foram condenados por participação no esquema Lucilda Teresinha da Silva, mulher de Custódio, a seis anos e oito meses de reclusão em regime semi-aberto, Maria do Rocio Jacinto, a cinco anos, seis meses e 20 dias em regime semi-aberto, Sérgio Roberto Jacinto, a cinco anos, seis meses e 20 dias de reclusão em regime semi-aberto e Lourdes Alves da Silva a seis anos e oito meses em regime semi-aberto.
Assim como o vereador, todos foram condenados a pagamento de multas. Cabe recurso de apelação para o Tribunal de Justiça.
O vereador, que foi reeleito em outubro passado para mais um mandato na Câmara de Curitiba, já ficou preso um ano e 15 dias. Chegou a fazer greve de fome. O vereador se diz vítima de perseguição política. ''Fui eleito com quase dez mil votos, são quase dez mil pessoas a meu favor'', declarou.
Fonte: Assessoria de Imprensa do Ministério Público do Paraná