Política

Tucanos não vão dar trégua para o PT na TV

23 set 2002 às 10:54

A estratégia do PSDB para frear a ascensão de Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, foi discutida neste domingo em clima de guerra no comitê paulista de José Serra. As mudanças de rumo foram tratadas em uma reunião coberta de sigilo pelos marqueteiros do candidato tucano. Somente um ponto permaneceu intocado: não haverá trégua para o PT.

A idéia de Nizan Guanaes, coordenador da propaganda, e sua equipe é a de apenas mudar o enfoque da campanha. Pretendem mostrar uma suposta inconsistência das promessas e dos programas eleitorais de Lula. O comando do comitê tucano aposta ainda que os adversários históricos do PT vão se unir a tempo de evitar a vitória de Lula no primeiro turno.


Anthony Garotinho também entrou na pauta do PSDB. Apesar de estar crescendo nas pesquisas, o candidato do PSB não vai ser atacado. Os tucanos avaliam que os votos do ex-governador do Rio de Janeiro são importantes para garantir um bom segundo turno para Serra. O deputado Jutahy Junior (PSDB-BA), líder do partido na Câmara, defende mais cuidado nos programas.


- Vamos mostrar que as promessas dos adversários são impossíveis de serem atendidas - defende.


O presidente do PSDB, deputado José Anibal (SP), e os coordenadores políticos José Richa e Milton Seligman insistem na tática de expor Lula e as administrações petistas na TV. Também apostam que o tempo de propaganda gratuita da campanha de Lula - bem menor do que o do conjunto de seus adversários - continuarão estimulando os ataques contra o PT.


Por outro lado, o presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva não perdeu tempo, ciente dos próximos ataques na TV contra a sua campanha. Ele entrou, ontem, no Tribunal Superior Eleitoral, com representação pedindo concessão de liminar para exercer o direito de resposta no programa de José Serra.

Segundo o petista, no programa de sábado, José Serra acusou ele e o PT de serem verdadeiros ''lobos em pele de cordeiro''. O partido também alega, que o tucano usou manchetes de jornais e revistas como se fossem documentos para dar veracidade às acusações que tem feito.


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