Política

TJ mantém condenação de ex-vereadores de Londrina

11 jul 2014 às 07:49

Sidney de Souza e Orlando Bonilha não conseguem reverter sentença do caso da boate Shirogohan
A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná manteve a condenação dos ex-vereadores de Londrina Sidney de Souza (PTB) e Orlando Bonilha por concussão no caso da boate erótica Shirogohan em sessão realizada no último dia 3. O acórdão ainda não foi publicado. Cabe recurso.

Em sentença proferida em dezembro de 2012, o então juiz da 3ª Vara Criminal de Londrina, Katsujo Nakadomari, condenou Sidney a quatro anos e seis meses de prisão em regime semi-aberto, além do pagamento de multa de R$ 301,6 mil. Bonilha, réu colaborador na investigação do esquema, foi sentenciado a três anos de prisão. Com a condenação em segunda instância, ambos ficam inelegíveis, em razão da Lei da Ficha Limpa.


Foi em decorrência desta condenação que o petebista ficou impedido de assumir uma vaga na Câmara de Londrina, mesmo eleito nas urnas em 2012. O juiz havia aplicado medida cautelar proibindo os réus de exercerem qualquer função pública até o trânsito em julgado do processo.


Os desembargadores também seguiram a sentença de primeiro grau quanto à absolvição de Flávio Vedoato, Gláudio de Lima, Henrique Barros, Luiz Carlos Tamarozzi e Renato Araújo, ex-parlamentares da mesma legislatura (2005-2008) que, segundo a acusação do Ministério Público (MP), também teriam exigido em 2006 propina do dono da boate para fazer alteração legislativa que permitiria a a instalação de um motel no local.


O entendimento do Judiciário, no entanto, é de que não há provas contra os demais vereadores, uma vez que o empresário obrigado a pagar R$ 15 mil pela alteração legislativa confirmou ter negociado apenas com Sidney e Bonilha. Na mesma ação eram réus Osvaldo Bergamin e o pastor Renato Lemes, falecidos enquanto o processo tramitava.

Sidney e Bonilha, junto com outros vereadores daquela legislatura, já foram condenados no caso da "lista Caldarelli" por concussão, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Um dos condenados é o vereador Jamil Janene (PP). O recurso ainda tramita no TJ. O advogado Renato Andrade, que representa Sidney, disse que irá apresentar recurso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os ex-vereadores podem recorrer em liberdade.


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