O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), recebeu hoje (28) presidentes de centrais sindicais com os quais se comprometeu a não acelerar a tramitação do Projeto de Lei 4330, que já foi aprovado na Câmara dos Deputados e trata da regulamentação da prestação de serviços terceirizados no Brasil.
As centrais são contra o trecho do projeto que permite a contratação de trabalhadores terceirizados para atividades-fim das empresas. Os sindicalistas avaliam que, com maior tempo para negociação da matéria no Senado, o projeto possa ser modificado.
"A União Geral dos Trabalhadores (UGT) acredita que, com a mudança que o Senado fará, com certeza sensibilizaremos os deputados. Quando o projeto voltar à Câmara, conseguiremos regulamentar o trabalho dos 12 milhões de terceirizados do país", disse o presidente da UGT, Ricardo Patan.
Ao deixar a reunião, Calheiros informou que "o que está em jogo é uma nova opção de desenvolvimento". Segundo ele, permitir a terceirização na atividade-fim significará precarizar as relações de trabalho e prejudicar a competitividade das empresas brasileiras no exterior, porque poderá comprometer a qualidade dos produtos nacionais.
"Terceirizar a atividade-fim significa precarizar as relações de trabalho e deteriorar o produto nacional, tirar completamente a competitividade. Acho que as centrais precisam dizer claramente o que elas acham", acrescentou o presidente do Senado.