O PMDB governista traçou seu roteiro para assegurar a vaga de candidato a vice-presidente em uma chapa com a petista Dilma Rousseff, ministra da Casa Civil, para disputar a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva: quer reeleger presidente da legenda, em março, o deputado Michel Temer (SP). Atualmente, ele está licenciado, mas reeleito, Temer teria força política renovada dentro e fora do partido, de modo a tornar a indicação do seu nome para vice praticamente incontestável.
"O candidato natural a presidente do PMDB é Michel Temer. Não há ninguém no Senado pleiteando esse posto", afirma o senador Lobão Filho (PMDB-MA). Diferentemente do que ocorreu na eleição da executiva atual, o ambiente agora é de harmonia entre o PMDB da Câmara e o do Senado.
Temer preside o partido desde setembro de 2001. Quando conquistou mais um mandato, dois anos atrás, os senadores chegaram a ensaiar o lançamento do líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), na disputa. Mas a guerra entre as duas bancadas pelo comando partidário acabou desde que se uniram todos em torno da parceria com o PT.
Temer admite que pleiteia mais um mandato à frente do partido e confirma que não há mais a disputa do passado entre Câmara e Senado. Revela, ainda, que tem ouvido dos correligionários que a melhor solução para manter a unidade partidária é a sua reeleição para a presidência.
O governador do Paraná, Roberto Requião já apresentou sua pré-candidatura à presidência da República pelo PMDB, com os apoios dos diretórios regionais de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Cautela
Precavido, ele tem se esquivado quando é provocado a falar sobre quem é o vice do PMDB na chapa presidencial do PT. "Vice é circunstância política. Teremos que ver qual é o nome que mais soma no momento do lançamento da candidata", diz.
"A discussão de vice só será feita depois de março, conjuntamente com o PT e a ministra Dilma", acrescenta, ao lembrar que o pré-compromisso firmado por escrito com a direção petista é de que os peemedebistas terão o posto de vice, além de participação ativa na definição do plano de campanha e do programa de governo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.