Após a votação da reforma trabalhista, setores do PSB divulgaram um documento pedindo para que a líder do partido na Câmara, deputa Tereza Cristina (MS), deixe o cargo. Eles alegam que, mesmo após o partido ter fechado questão contra a proposta, ela liberou a bancada e votou a favor das alterações na legislação trabalhista.
"Vamos empunhar a bandeira do nosso partido e dizer não a essa decisão da liderança que não nos representa. Não fugiremos à luta e não descansaremos até que o último deputado federal do PSB esteja convencido que representa o Partido Socialista Brasileiro ou, então, peça pra sair", afirmaram os correligionários.
O documento é assinado por cinco secretários que representam segmentos como a juventude, o movimento LGBT e as mulheres dentro do partido.
Além da destituição da líder, o grupo pediu também a abertura de processo disciplinar administrativo contra 14 dos 30 deputados do PSB que descumpriram as decisões da comissão Executiva Nacional.
Eles também afirmaram ser a favor da decisão do presidente da sigla, Carlos Siqueira, que na semana passada decidiu destituir Teresa da presidência estadual do PSB de Mato Grosso do Sul. A mesma sanção foi imposta a outros deputados que ocupavam o mesmo cargo em seus Estados: Danilo Forte (CE), Fabio Garcia (MT), Maria Helena (RR).
Na semana passada, Teresa afirmou que iria repensar a permanência na liderança da bancada e até mesmo no partido. O jornal O Estado de S. Paulo não conseguiu contato com a líder neste domingo.