O Senado faz no plenário a sessão deliberativa extraordinária destinada à votação final da reforma trabalhista. A votação é aberta e nominal. Enviada pelo governo ao Congresso Nacional no ano passado, a texto muda mais de 100 trechos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
O texto foi aprovado pela Câmara em abril e, se for aprovado pelo Senado sem mudanças, seguirá para a sanção do presidente Michel Temer.
O retorno
O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), retornou por volta das 18 horas ao plenário da Casa e usou um microfone sem fio para dizer que daria um período de 10 minutos para que haja entendimento entre os parlamentares para a retomada da sessão que votará a reforma trabalhista. Segundo o presidente do Senado, se o entendimento não fosse alcançado nesse período, ele reabriria a sessão e abriria o painel para a votação da matéria no plenário.
"É a primeira vez que vejo isso na minha vida (a mesa diretora ocupada). Fiz todas as tentativas para o entendimento e ultrapassei o regimento para ser democrático", disse o presidente do Senado ao comentar que permitiu o debate sobre a reforma no plenário na quarta e quinta-feira da semana passada.
Com o argumento de que a discussão sobre a reforma trabalhista já foi encerrada no plenário, Eunício disse que, com ou sem entendimento entre os senadores, o painel será aberto nos próximos minutos para votação do tema.
Enquanto Eunício falava com o microfone sem fio, alguns senadores da base governista presentes no plenário bateram boca com parlamentares da oposição que se concentram na mesa diretora. Em um momento, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e Lindbergh bateram boca e tiveram de ser contidos por colegas no plenário. As senadoras da oposição, que ocupam a mesa diretora desde meio-dia, continuam sentadas, apesar do apelo de Eunício.