O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), confirmou nesta quinta-feira (20) que também será signatário da carta endereçada ao presidente do Senado dos Estados Unidos solicitando o acesso do Brasil a documentos que podem esclarecer fatos relacionados ao golpe militar de 1964.
O documento foi redigido e assinado por senadores que integram a Comissão de Direitos Humanos da Casa, a pedido do filho do ex-presidente João Goulart, João Vicente Goulart.
Os 50 anos do golpe militar estão sendo lembrados na exposição Onde a Esperança se Refugiou, inaugurada hoje no Salão Negro do Congresso Nacional. Organizada em cinco eixos, a mostra apresenta 366 retratos de desaparecidos durante a ditadura militar no Brasil. A exposição foi produzida pelo Movimento de Justiça e Direitos Humanos (MJDH) e inclui também documentos denunciando o terror implantado por ditaduras em outros países latino-americanos.
Durante a solenidade, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que, em um regime democrático, os eventuais abusos cometidos no exercício da liberdade de expressão só podem ser coibidos pelo Judiciário.
Lembrando que a Justiça brasileira tem cumprido esse papel, Renan cobrou que a sociedade continue vigilante e, na medida do possível, busque reparação para os excessos cometidos.
O senador disse ainda que é preciso não esquecer o período de supressão de liberdades inaugurado com a chegada dos militares ao poder. Ele também afirmou que o Brasil ainda não conseguiu fazer inteira justiça àqueles que sofreram, entre outras perdas, a do mais básico dos direitos da cidadania, que é o da livre manifestação do pensamento.
A exposição está aberta para visitação de hoje até 13 de abril, das 9h às 17h.