Política

Senado discutirá entrega de mandatos para suplentes

09 mar 2011 às 19:43

O privilégio de senadores que ocupam cargos no Executivo, de entregar o mandato para o suplente no período em que estiverem fora do Senado, está com os dias contados. A mudança na lei que hoje favorece três senadores - Alfredo Nascimento, Edison Lobão e Garibaldi Alves, ministros, respectivamente, dos Transportes, Minas e Energia e Previdência Social - é um dos itens que serão analisados na próxima terça-feira, na primeira reunião da Comissão da Reforma Política.

O senador Pedro Taques (PDT-MT), membro da comissão, afirma que dentro do grupo existe a ideia de acabar com a suplência. Segundo ele, para impedir que o mandato continue sendo exercido por pessoas sem representatividade. "Sem fulanizar quem seja o suplente, falta a ele a legitimidade do voto", diz.


No final da última legislatura, no ano passado, parcela de um terço das cadeiras do Senado (27 das 81) estava ocupada por pessoas não eleitas, os chamados suplentes. A legislatura atual começou com dez deles exercendo o mandato de titulares mortos, que foram nomeados ministros ou que renunciaram, como é o caso de Gim Argello (PTB-DF), suplente do ex-senador Joaquim Roriz (PSC-DF).

Taques considera essencial acabar com a regra que permite aos senadores eleitos ocuparem cargos no governo sem perder o mandato. Ele trata esse tipo de procedimento como sendo uma "distorção", porque ignora o dispositivo constitucional que atribui ao Senado a competência de fiscalizar o governo e não a de compartilhar o mandato entre os dois Poderes.


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