A Mesa Diretora do Senado decidiu paralisar a sexta representação contra o presidente licenciado da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), por quebra de decoro parlamentar. O processo que investigaria a denúncia de que Renan teria apresentado emenda ao orçamento no valor de R$ 280 mil em favor de uma empresa fantasma fica sobrestado (parado) para que o Conselho de Ética tenha tempo de analisar as outras representações que o senador enfrenta na Casa.
De acordo com informações da ABr, o presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), explicou que a representação poderá ser retomada assim que o Conselho de Ética julgar a terceira, que investiga se Renan teria usado laranjas para comprar veículos de comunicação em Alagoas.
Por unanimidade, a Mesa decidiu ainda arquivar a representação do P-SOL contra o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG). O partido pedia que o Conselho de Ética investigasse suposto esquema de arrecadação de dinheiro para a campanha à reeleição de Azeredo ao governo de Minas Gerais, em 1998.
A Mesa Diretora também decidiu aprovar projeto de resolução que muda a tramitação de processos no Conselho de Ética. A partir de agora, os processos devem ser protocolados diretamente no Conselho e não vão mais passar por exame de admissibilidade na Mesa da Casa.