A falta de vagas no Sistema Penitenciário do Estado e a superlotação das cadeias públicas do Paraná estão levando o governo a investir na ampliação e reforma de delegacias do interior do Estado. Ontem, 27 municípios do interior do Estado foram contemplados com a aprovação de projetos de reforma de delegacias e irão receber ao todo R$ 503 mil. Os recursos são oriundos do Plano Nacional de Segurança do governo federal. Na primeira etapa do programa, foram contemplados outros 39 municípios, num valor de R$ 1,2 milhão.
Entre os municípios que estão sendo contemplados nesta fase do programa está Foz do Iguaçu, considerado como o que está com a situação prisional em estado mais alarmante. "O problema é muito grave em Foz do Iguaçu e estamos tentando amenizar isto", afirmou o secretário. Com as obras de reforma nas duas etapas de liberação de recursos, a cadeia de Foz deverá abrir 140 novas vagas.
Estão sendo contemplados ainda com os recursos os municípios de Jacarezinho, Cruz Machado, Paranapoema, Pérola, Alto Paraná, Alto Piquiri, Barbosa Ferraz, Cidade Gaúcha, Foz do Iguaçu, General Carneiro, Guaraci, Ibaiti, Icaraíma, Iporã, Ivaté, Jandaia do Sul, Kaloré, Maria Helena, Marilena, Paula Freitas, Pitangueiras, Cruzmaltina, Santa Cruz, Santa Fé, Santa Isabel do Ivaí, Santa Mônica e Ariranha.
Desde o ano passado, o governo federal repassou R$ 15 milhões para investimentos na área de segurança no Paraná. No mês que vem, devem ser liberados outros R$ 18 milhões. Os recursos serão aplicados - de acordo com Tavares - nos programas Polícia Comunitária (com reforma e ampliação de outras delegacias) num valor de 3,4 milhões, reaparelhamento das polícias (com compra de coletes e armamentos) num valor de R$ 5 milhões, treinamento de policiais civis e militares num valor de R$ 684 mil e policiamento em áreas críticas num valor de R$ 8,5 milhões.
O último repasse do governo federal dentro do Plano Nacional de Segurança está previsto para o início do ano que vem, num valor total de R$ 35 milhões. "Isto não soluciona o problema da superlotação nas cadeias. Este é um problema mais profundo e que depende do término das obras das penitenciárias já em construção", elencou Tavares.