O diretor-geral brasileiro da Itaipu, Jorge Miguel Samek, afirmou nesta segunda-feira (14), em visita a Curitiba, que trabalha com a expectativa de permanecer no cargo, para o qual foi nomeado há 13 anos, durante toda a sua vida. Recentemente, chegou-se a especular que o ex-ministro das Comunicações Paulo Bernardo seria escolhido pela presidente Dilma Rousseff (PT) para sucedê-lo na função.
"Até fiz um placar. Já é a oitava vez que surge a questão de que estaria para haver substituição", brincou. Samek esteve na Assembleia Legislativa (AL) do Paraná para receber um diploma de Menção Honrosa, em reconhecimento pelo prêmio Water for Life (Água Fonte de Vida), concedido pela Organização das Nações Unidas (ONU- Água) à empresa.
Vaccari
Ele também comentou a passagem do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto pelo Conselho de Administração da companhia. Acusado de envolvimento no esquema de desvio de dinheiro da Petrobras, o petista foi condenado a 15 anos e quatro meses de prisão. "Todo planejamento estratégico, a aprovação do orçamento e a prestação de contas passam pelo Conselho. Vaccari por anos ocupou essa função com toda a tranquilidade e, gradativamente, fomos batendo recordes de produção, ampliamos nossa missão e visão, passamos a produzir muito mais que só energia, e tivemos sempre o apoio do Conselho", disse.
Samek reiterou ainda que seria "leviano" e "ingrato" se fizesse qualquer crítica ao ex-conselheiro. "No período em que ele atuou, teve total lisura. Já fizemos todas as avaliações que podiam ser feitas para verificar se houve algum tipo de comprometimento. E não. Nunca tivemos nenhum problema que não fosse a melhor prática administrativa", completou.