O presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ), Eunício Oliveira, marcou para a próxima terça-feira, 6, às 9 horas, a sabatina da ministra do Tribunal Superior Federal (TST) Rosa Weber. Ela foi indicada para ocupar a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) pela aposentadoria da ministra Ellen Gracie. A data foi marcada após o líder do governo e relator da matéria, senador Romero Jucá (PMDB-RR), dar parecer favorável à indicação da presidente Dilma Rousseff para preencher o cargo que está vago desde agosto.
O senador Pedro Simon (PMDB-RS) questionou por que a sabatina não foi marcada para a tarde de hoje. Ele insinuou que a demora atenderia a um pedido do PMDB para permitir que o Supremo conclua, sem a presença de Weber, a votação sobre o alcance da Lei da Ficha Limpa e decida sobre o futuro do ex-senador Jader Barbalho (PMDB-PA), barrado por ter renunciado ao mandato do Senado para escapar de um processo de cassação. "Fica uma interrogação no ar, depois do partido conversar no Supremo sobre o processo do Jader", afirmou.
Simon foi contestado pelo senador Eunício Oliveira e pelo líder do PMDB, Renan Calheiros (AL). O presidente da CCJ disse que se orientava "tão somente" pela resolução da própria comissão sobre a marcação das sabatinas. "Não há relação entre o que o Supremo faz ou deixa de fazer", alegou. Renan negou que o PMDB tenha recorrido ao tribunal para tratar do processo de Barbalho, lembrando que o partido aprovou a Lei da Ficha Limpa, por unanimidade.