O governador Beto Richa disse nesta quinta-feira (27), em reunião com secretários e presidentes de empresas públicas, que deve apresentar ainda hoje uma proposta de reajuste salarial aos servidores estaduais. Na terça (26), o líder do Governo Luiz Cláudio Romanelli (PMDB) enviou à Casa Civil e a Secretaria de Fazenda duas alternativas para serem apreciadas. Uma delas contemplaria os 8,17% de reposição de inflação pedido pelos servidores, porém de forma parcelada, o que a categoria é contra.
"Ainda hoje esperamos concluir uma nova proposta para a correção dos salários do funcionalismo, com apoio da nossa base parlamentar na Assembleia Legislativa", garantiu Richa no evento.
Em longo discurso, ele voltou a culpar a crise econômica nacional pelas dificuldades vividas pelo estado. "O Brasil não vai frear o Paraná. Pelo contrário: é o Paraná que vai ajudar a empurrar o Brasil pra frente".
Richa disse ainda que as medidas tomadas por seu governo foram antecipadas em relação a outros estados. "Adequamos, com muito sacrifício, a realidade do Paraná à perspectiva de um Brasil que enfrenta agora a combinação perversa de juros altos, inflação fora de controle e desemprego em marcha".
'Injusto'
Richa voltou a falar sobre as acusações que pairam sobre seu governo, entre elas a de que a primeira-dama Fernanda Richa teria intermediado a arredação de R$ 2 milhões para campanha vinda de auditores fiscais envolvidos nos escândalos da Receita Estadual.
"Na ânsia de me atingir, atacam até mesmo a minha mulher, agridem a decência, a ética e o respeito. Nosso governo não será lembrado pelas calúnias dos nossos adversários. O nosso governo será lembrado no futuro como uma referência de trabalho e de eficiência. O Paraná saberá, ao seu tempo, distinguir o certo do errado, a verdade da mentira, o justo do injusto".