Política

Ribeiro falta a desfile e pede para sair do PSC

07 set 2012 às 16:27

O prefeito de Londrina Joaquim Ribeiro pediu, na quinta-feira (6), desfiliação do Partido Social Cristão (PSC). A solicitação foi feita em uma carta entregue ao vice-presidente da legenda, o secretário de Obras, Marcello Teodoro, que agora assume o comando.

Teodoro disse que a Executiva do PSC já iria formalizar o pedido de expulsão do prefeito, mas que Ribeiro preferiu se antecipar e anunciar a saída. Ele adiantou que o ex-secretário de Fazenda, Lindomar dos Santos, que também é filiado ao PSC, deve ser expulso caso não tome a mesma atitude do prefeito.



Nesta semana, em depoimento ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o prefeito de Londrina admitiu ter recebido R$ 150 mil de propina de empresários envolvidos na fraude de licitação para fornecimento de uniformes escolares.


Conforme o depoimento de Ribeiro, o dinheiro teria sido dividido em três partes de R$ 50 mil, destinadas a ele, a Lindomar e ao ex-prefeito Barbosa Neto (PDT).


Na investigação, o Gaeco enviou ao Ministério Público pedido para que as 14 pessoas envolvidas na fraude sejam indiciadas pelo crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, peculato e corrupção.


Agora presidente do PSC, Marcello Teodoro revelou que a confissão de Ribeiro pegou todos do partido de surpresa. "Não esperávamos por isso". Apesar disso, ele garantiu que permanece no cargo de secretário. "Não muda em nada, porque nosso compromisso continua sendo com a cidade".


O único vereador da legenda, Antenor Ribeiro, já tinha anunciado que não iria mais seguir como líder do prefeito na Câmara.


Na manhã de hoje, em meio ao impasse, o prefeito de Londrina preferiu não aparece no Desfile de 7 de Setembro, na avenida Leste-Oeste. A assessoria de imprensa da prefeitura informou que ele foi representado pelo secretário de Defesa Social, Raul Vidal.


Até a tarde de sexta, Ribeiro permanecia em casa sem dar notícias.

Ontem, durante sessão da Câmara, vereadores formaram uma comissão para cobrar uma posição do prefeito. Se ele não renunciar, o Legislativo deve abrir uma Comissão Processante para cassá-lo por quebra de decoro.


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