O candidato do PMDB ao governo do Estado, senador Roberto Requião (PMDB), prometeu nesta terça-feira através de nota oficial que, se eleito no dia 6 de outubro, vai anular a parceria da Companhia Paranaense de Energia (Copel) e a Tradener, empresa especializada na comercialização de energia. Requião classificou a parceria de "prejudicial ao interesse público".
O gancho para o discurso do candidato do PMDB foi a intermediação da Tradener na venda de ''energia velha'' da Copel, processo imposto pelo governo federal e anunciado há dias. A Tradener, que tem contratualmente direito a comissão de 2% sobre o valor da transação, publicou o primeiro anúncio nos jornais no último dia 21, como forma de cumprir determinação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), para dar ampla publicidade à comercialização.
Requião disse que a Copel está se antecipando ao vender a "preço vil" 25% de toda a energia gerada pelas usinas paranaenses para outros estados e grandes consumidores em seis meses. De acordo com a nota do senador, o preço básico é de R$ 75,36 por MW/h, "menos da metade do que pagam, em média, as indústrias paranaenses, menos de um terço do que pagam os consumidores residenciais de nosso Estado e abaixo do que a própria Copel paga na compra de energia".
A diretoria da Copel, através de nota da assessoria de imprensa na Capital, disse nesta terça-feira que "nem a Copel, nem qualquer de suas subsidiárias, está agindo ao arrepio da lei". A estatal alega que não há decisão judicial ou preceito legal impedindo ou embaraçando a comercialização de blocos de energia excedentes ao mercado, seja sob a forma de oferta pública, seja sob a forma de leilões.
"A venda desses blocos de energia elétrica baseia-se numa tarifa de geração e pretender compará-la com as tarifas praticadas ao consumidor final (seja ele industrial, comercial ou residencial) é irreal. As tarifas do consumidor final agregam custos e despesas de todas as etapas do processo: geração, transmissão, distribuição e comercialização."
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