O governador Roberto Requião disse nesta segunda-feira que quer que o PMDB, seu partido, e o PT mantenham a aliança no maior número possível de cidades nas eleições municipais do ano que vem.
O pedido de Requião vale também para os demais partidos que lhe dão sustentação, o PPS, PL e até parte do PFL e PSDB.
O governador prefere que os partidos caminhem juntos em vez de dividirem forças. Requião frisou, porém, que essa é sua posição pessoal, e não uma diretriz ao PMDB.
A declaração de Requião, dada no Palácio Iguaçu, durante a assinatura de decreto que reduz a alíquota do ICMS para insumos da construção civil, serve como baliza para as lideranças partidárias, especialmente para o PT e o próprio PMDB, que já saíram na frente nas discussões rumo a 2004.
Por enquanto, as arestas estão concentradas nas relações entre o partido do governador e o PT.
O PMDB planeja lançar candidato próprio em todos os 399 municípios, o que o coloca em rota de colisão com o PT no comando de grandes cidades, como Londrina e Maringá, e de olho na sucessão de Cassio Taniguchi (PFL) em Curitiba.
A um ano e meio das eleições municipais, os partidos já estão trabalhando para ganhar espaço no cenário político.
Enquanto o PT se movimenta com o objetivo de manter as prefeituras importantes que conquistou em 2000, o PMDB tenta avançar e alcançar o comando nos maiores colégios eleitorais. E isso inclui Curitiba.
A pré-candidatura de Angelo Vanhoni (PT), líder governista na Assembléia, já vem sendo desenhada há meses. Mesmo assim, Requião vê possibilidades de um acerto na Capital.
Outro centro de preocupação é Londrina. O prefeito Nedson Micheleti (PT), que pode tentar a reeleição no segundo maior colégio eleitoral do Estado, tem tudo para reivindicar o apoio do PMDB a sua candidatura, já que apoiou o PMDB nas eleições para o governo.