A guerra declarada entre o governador Roberto Requião e o ministro do Planejamento Paulo Bernardo ganhou mais um capítulo nesta terça-feira (2). Após a ameaça de processo, Requião disse que só vai chamar o ministro de "pseudoladrão" e sua obra de "pseudomaracutaia" para escapar da Justiça.
Após reunião realizada nesta segunda-feira pela executiva estadual, o Partido dos Trabalhadores oficializou o rompimento com o governo Requião.
A briga terá reflexo direto nos cargos comissionados do governo. O PMDB já prepara uma lista dos petistas que deverão deixar o governo. As áreas de recursos humanos estão cruzando dados com o TRE para descobrir quem é filiado ao PT.
Além disso, o próprio PT determina que os filiados que participam do governo Requião deixem os cargos de confiança a partir desta terça (2).
A estimativa é de que existam 600 petistas em cargos comissionados no Estado, a grande maioria indicada por deputados petistas que apoiaram Requião na última eleição.
Além de cargos em segundo escalão, o PT tem os secretários da Agricultura, Valter Bianchini, e do Ensino Superior, Lygia Pupatto.
Saída oficializada
Em nota, a executiva estadual do PT afirma que "foi acertada a decisão de participar do governo Requião", e seria adequado continuarem juntos nas eleições de 2010. "Entretanto as manifestações públicas do governador dificultam o avanço da aliança proposta para 2010", diz a nota.
"Lamentamos que, na área política, a relação esteja cada vez mais difícil. Manter esse tencionamento nos leva, obrigatoriamente, a um rompimento".