A bancada do PTB na Assembléia Legislativa, formada por nove deputados, vai trocar de líder. O atual ocupante do cargo, Algaci Túlio, está sendo retirado da função pelos correligionários e deve ser substituído por Carlos Simões - que ontem não quis comentar o assunto com a imprensa. A mudança deverá ser oficializada em reunião nos próximos dias. Os deputados estão assinado uma lista para indicar o nome de Simões. Ele já avisou o líder do governo, Durval Amaral (PFL), que será o novo responsável pela bancada.
Túlio - que não quer sair do PTB - diz que sua saída está sendo articulada a pedido do Palácio Iguaçu. Seria uma represália por ele se posicionar contra o governo e principalmente por criticar a venda da Copel, considerado hoje o projeto de maior interesse do governador Jaime Lerner (PFL). Túlio acredita que vai perder espaço nas comissões permanentes e nas CPIs. Ele é relator da CPI da Telefonia, suspensa ontem por determinação da Justiça.
Na quarta-feira passada, Túlio e Simões tiveram uma discussão em plenário por causa do delegado Mário Sérgio Bradock. Túlio não acredita que esse seja o motivo para retirá-lo do partido. "Foi só o estopim", avaliou. O deputado Ricardo Chab (PTB) defende que ele seja substituído depois do recesso, em agosto. Já o presidente da Casa, Hermas Brandão (PTB) defende que Túlio renuncie antes.
O secretário-chefe da Casa Civil, Alceni Guerra, negou que o Palácio Iguaçu esteja por trás da articulação para retirar Túlio da liderança. "É um problema interno da bancada. Não ficamos contentes com sua atual posição, mas não trabalhamos contra ele".