A dois meses da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva o PT paranaense já começa a se preocupar com os cargos em comissão da União no Estado. São 226 cargos no Paraná e cerca de 18,5 mil em todo o país, segundo um levantamento feito pela Folha de Londrina com base em dados disponibilizados pelo Serviço de Informações Organizadas do Governo Federal (Siorg) e pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Há inclusive quem defenda uma redução drástica no número de funções para aliviar as contas do futuro governo.
Os cargos, na sua maioria denominados Direção de Assessoramento Superior (DAS) podem ser ocupados por pessoas nomeadas independente de serem servidores concursados. Dos 226 cargos no Estado, 102 são DAS. O restante, embora incidam comissões e gratificações pela função exercida, só podem ser ocupados por funcionários de carreira do próprio órgão. No caso dos DAS o salário pode variar de R$ 1,2 mil a R$ 7,5 mil.
O que os petistas pregam é justamente uma mudança na concepção e no desempenho dessas funções, historicamente utilizadas como feudos políticos, onde a indicação nem sempre corresponde aos critérios de competência e conhecimento na área. Praticamente todos os ministérios, secretarias, autarquias e estatais mantém no Estado representações, cujas chefias são indicadas pelas instituições superiores. São na sua maioria chefes de departamentos, agências, delegados, inspetores, diretores, procuradores, entre outras funções de comando. "É preciso haver critérios, mas não apenas políticos e ideológicos", defende o deputado federal Padre Roque Zimmermann.
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