Perto de completar 100 dias, o governo Lula vai enfrentar nesta quarta-feira seu primeiro teste na Câmara, na votação da emenda constitucional que regulamenta o sistema financeiro nacional.
Depois de enquadrar os rebeldes do PT e controlar os dissidentes do PSB, o Palácio do Planalto continuará sem maioria e deverá contar com os votos dos partidos de oposição, como o PFL e o PSDB, para garantir a vitória da proposta que abre caminho para a autonomia do Banco Central.
O acordo costurado durante as últimas semanas teve o ato final na visita que o presidente nacional da legenda, José Genoíno, fez ontem a três dos principais críticos da PEC, os deputados Babá (PA), Luciana Genro (RS) e Lindberg Farias (RJ). Eles vão votar a PEC, mas com restrições: vão apresentar uma declaração de voto em separado, preparada pelo ex-deputado Plínio de Arruda Sampaio, posicionando-se contra a emenda, que abre caminho para a autonomia do Banco Central. Eles vão dizer que são contra a autonomia do BC e favoráveis à manutenção, na Constituição, do tabelamento de juros em 12% ao ano.
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